Dia da Luta Operária – Neste domingo (09), a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) marcou presença em um ato político em Campos Elíseos, região central da capital paulista, que marcou o Dia da Luta Operária, em memória a paralisação de 1917, que tomou conta de várias empresas em São Paulo e que é considerada a primeira greve geral do Brasil.
O dia homenageia o sapateiro anarco-sindicalista José Martinez que no dia 9 de julho de 1917, foi baleado e morto por soldados da antiga Força Pública durante a paralisação. O Dia da Luta Operária foi instituído pela Lei Municipal nº 16.634/17, em memória à paralisação de 1917.
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A iniciativa para a realização do evento é das centrais sindicais: CSB, CUT, CSP-Conlutas, CTB, UGT, Força Sindical, NCST, Pública e Intersindical Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora. Também participaram da organização o Centro de Memória Sindical, o Instituto Astrojildo Pereira e o IIEP – Intercâmbio Informações Estudos Pesquisas.
No ato deste domingo, seis personalidades com histórico de vida relacionado à defesa das causas sociais e do movimento operário brasileiro foram homenageadas.
São elas: a militante Ana Dias, o jornalista Sérgio Gomes, o bancário Dirceu Travesso, o professor João Felício, o metalúrgico José Ibrahim e o também professor Oswaldo Barros. Ana Dias e Sérgio Gomes receberam o Troféu José Martinez. Dirceu Travesso, João Felício, José Ibrahim e Oswaldo Barros (todos falecidos) receberam, através de seus familiares, placas em agradecimento pela dedicação à luta dos trabalhadores.
A CSB foi representada por Denilson Bandeira, secretário nacional de mobilização da central, que discursou para plateia presente no encontro.
“A maioria dos veteranos aqui presentes tem uma história de luta, de conquistas e de resistência da classe trabalhadora. E nesse momento, a gente está replicando essa experiência, destes fatos históricos que eles presenciaram, para a juventude que vem chegando para a luta”, disse, durante sua fala.
Bandeira acrescenta que o Dia da Luta Operária “representa não só a unidade das centrais que abraçaram essa data em contraponto ao 9 de julho da direita que comemorava a ‘antirrevolução’ constitucionalista, mas também a celebração dos heróis do movimento sindical e seus familiares”.
“José Martinez Ruiz foi um importante jovem sapateiro sindicalista que foi morto durante a greve de 9 de julho de 1917 e essa morte causou a maior greve histórica do país. Então para nós, do movimento sindical, ele é um mártir, um dos mártires do movimento sindical, que tombou durante o movimento de greve pelos órgãos de repressão. Então, para nós, celebrar o 9 de julho com o troféu do José Martínez é importante e simbólico”, pontua o sindicalista.
“Então é muito importante para nós e pedagógico também para os novos sindicalistas que estão chegando no movimento sindical entenderem a importância das lutas sindicais e as lutas da classe operária.”, finaliza.
Mais informações podem encontradas no site Memória Sindical (acesse aqui).
Assista o ato político completo abaixo: