FSM ofereceu curso de capacitação a dirigentes sindicais da América Latina
Realizado entre os dias 6 e 14 de dezembro em Antenas, na Grécia, o 2º curso de formação sindical da Federação Sindical Mundial (FSM) contou com a participação de nove dirigentes sindicais da América Latina, entre eles, José Lucas da Silva, diretor de finanças adjunto da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), e debateu a importância da capacitação das forças sindicais na luta pela classe trabalhadora.
Durante o evento, que contou com palestras de 18 oradores, os participantes expuseram as principais questões acerca do desrespeito aos direitos trabalhistas. A internacionalização do capital e das estratégias produtivas aniquilam os trabalhadores e destroem o desenvolvimento nacional. O novo poder global das empresas transnacionais é o motor propulsor dessa injustiça social e econômica.
Para José Lucas, todos os trabalhadores do mundo têm o mesmo problema. “O capital é selvagem em qualquer lugar do mundo. Em alguns países isso acontece ainda mais intensamente e sempre com o objetivo de escravizar o trabalhador”, condena o diretor da CSB.
Os princípios e valores do movimento sindical classista internacional, bem como a atuação conjunta das lideranças e dirigentes, também formaram a pauta do curso. Estes conceitos e metas fortalecem a luta pela manutenção dos direitos já adquiridos e pela ampliação de novas conquistas.
A integração sindical, o trabalho por ainda mais visibilidade, mobilizações, engajamento, trabalho sindical solidário são o alicerce para a representação eficiente e árdua dos direitos dos trabalhadores e contra a precarização do trabalho.
A formação sindical como instrumento de luta da CSB
O curso de formação sindical deixou claro que a representação dos trabalhadores deve ser sempre atuante, uma vez que o sistema do capital e do lucro a todo custo macula a qualidade de vida e de trabalho da classe operária.
O principal objetivo do evento, segundo José Lucas, foi mostrar para os dirigentes sindicais a realidade dos trabalhadores mundiais. “Os palestrantes mostraram para os dirigentes a situação de cada país e como os problemas dos trabalhadores vêm sendo tratados”, explicou o diretor lamentando o fato de que a classe trabalhadora mundial padece com a opressão.
Para o diretor da CSB, o movimento sindical deve se atentar à defesa da classe trabalhadora diante do massacre do capital das multinacionais. “A FSM está à disposição e trabalhando para ajudar os companheiros necessitados com cursos e palestras nos países que passam pelas maiores dificuldades”, reiterou José Lucas.
A filiação da Central junto à FSM é também fator importante para a ampliação da luta pelos direitos dos trabalhadores. “A FSM tem uma visão muito ampla sobre os problemas da América Latina, e, com isso, vai oferecer à CSB ferramentas ainda mais eficazes para um enfrentamento àqueles que querem destruir os direitos trabalhistas”, finalizou o diretor da Central.
Em março de 2013, será realizada em Lima, no Peru, a reunião do Conselho Presidencial da FSM, que unificará as questões debatidas na reunião. Entre elas, ênfase ao estabelecimento de um programa de ação para integrar o trabalho da entidade; a crise mundial e seus impactos na região; desenvolvimento e a valorização do trabalho; e integração regional.