CSB e Socerj lutam contra as demissões dos operadores cinematográficos

Devido ao uso de novas tecnologias, a categoria tem perdido postos no mercado de trabalho

A Central dos Sindicatos Brasileiros e o Sindicato dos Operadores Empregados em Empresas Exibidoras Cinematográficas do Estado do Rio de Janeiro (Socerj) estão lutando contra as demissões em massa dos operadores cinematográficos que ocorrem no Rio de Janeiro e no Brasil.

O principal problema enfrentado pela categoria é o uso das novas tecnológicas, como HD e Imax, que dispensam o operador cinematográfico. “Esse é um problema sério da nossa categoria. O cenário de demissões se tornou mais intenso em função de novos projetores e aparatos tecnológicos. Precisamos achar soluções para que esse trabalhador não perca seu posto. Uma das saídas é a qualificação, assim esse profissional poderá passar a operar esses novos programas”, afirmou o presidente do Socerj, João Roberto Costa, mais conhecido como Índio.

O dirigente exemplifica o problema das demissões com o caso de uma filial da rede Kinoplex, do Grupo Severiano Ribeiro, no Rio de Janeiro, em que foi registrada a demissão de 22 trabalhadores. “Nossa luta é para que os operadores cinematográficos sejam capacitados e consigam manusear os novos equipamentos ou atuem em outros setores dentro dos cinemas. A CSB está nos apoiando juridicamente para que consigamos melhorar este cenário”, disse Índio.

O Socerj, junto com a Central, iniciou uma mobilização com representantes dos operadores cinematográficos do Brasil inteiro para cobrar dos órgãos competentes uma alternativa bilateral, plausível aos trabalhadores e às necessidades deste mercado. “Buscamos uma forma que não estimule as demissões em massa. E que se elas forem necessárias, que existam cursos de qualificação para que o trabalhador possa ser recolocado em outra função”, avaliou.

Negociação

No caso das demissões em massa da rede Kinoplex, o sindicato deu início às negociações com o Grupo Severiano Ribeiro, detentor da marca. As negociações têm sido mediadas pela Superintendência do Ministério do Trabalho e Emprego do Rio De Janeiro.  

O Socerj apresentou uma proposta para a empresa de manutenção do plano de saúde com dependente; plano odontológico; pagamento de aposentadoria complementar; curso técnico e reaproveitamento dos trabalhadores demitidos nos quadros da empresa.

De acordo João Roberto Costa, a empresa informou que não há como atender aos pedidos de realização da qualificação daqueles que possuem o segundo grau como qualificação educacional, para serem reaproveitados na própria empresa. “Eles também afirmaram que não irão estender os benefícios como convênio médico e odontológico para os dependentes”, afirmou.

A próxima reunião de negociação será realizada no dia 1º de junho, às 15h, no Cine Odeon, na Cinelândia – Rio de Janeiro. “Nós vamos continuar lutando pelos direitos dos trabalhadores e contra a extinção da categoria. Não permitiremos que esses trabalhadores demitidos fiquem desamparados e nem que mais operadores cinematográficos sejam demitidos”, disse o presidente do Socerj.

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