Mulheres trabalhadoras e o movimento sindical se uniram no Dia Internacional da Mulher para protestar contra os retrocessos nos direitos sociais e trabalhistas
Cerca de 1500 mulheres de movimentos sociais, sindicalistas e de coletivos feministas e de diversos setores da sociedade se uniram na tarde desta quarta-feira (8), data em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher, para realizar um ato unificado, na Praça da Estação de Juiz de Fora, contra os retrocessos nos direitos trabalhistas e a Reforma da Previdência. A manifestação teve o apoio da CSB e da Federação Única Democrática de Sindicatos das Prefeituras, Câmaras Municipais, Empresas Públicas e Autarquias de Minas Gerais (FESERP-MG).
O ato público denominado “Mulheres Contra a Reforma da Previdência” foi promovido pelo Fórum Unificado dos Servidores Municipais de Minas Gerais, formado pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juiz de Fora (SINSERPU-JF) e o Sindicato dos Empregados nas Indústrias e serviços de Esgoto de Juiz de Fora (SINAGUA/JF) – ambos filiados à FESERP-MG.
Segundo Cosme Nogueira, presidente da FESERP-MG e secretário de Formação Sindical da CSB, as principais reivindicações das mulheres são o fim da violência contra a mulher, o racismo e a Reforma da Previdência. “Essa reforma não reconhece o papel da mulher na sociedade, que além de trabalhar, muitas vezes, tem uma jornada dupla ou até tripla para cuidar dos filhos e da casa”, afirma.
“As mulheres no meio rural, professoras e servidoras públicas serão as principais atingidas se a Previdência for modificada. A sociedade como um todo será afetada pela Reforma da Previdência, porém as mulheres irão sofrer muito mais, pois, em muitos casos, a mulher não tem só a dupla jornada de trabalhar e o cuidado com a casa, mas tem a tripla quando precisa trabalhar em mais de um emprego para conseguir os proventos para a casa”, avaliou Nogueira.