Data exata será definida em novo encontro das entidades já marcado para a próxima segunda-feira (27)
Reunidas nesta quinta-feira (23), em São Paulo, as centrais sindicais decidiram realizar um dia de greve e mobilização em todo o País contra a aprovação do Projeto de Lei (PL) 4302/98, que regulamenta a terceirização, e a tramitação do Projeto de Emenda à Constituição (PEC) 287, que trata da reforma da Previdência.
O ato, que será em abril, terá data definida em novo encontro das entidades já marcado para a próxima segunda-feira (27), em São Paulo.
Para o secretário-geral da CSB, Alvaro Egea, “a aprovação do projeto de lei da terceirização é um duro golpe, um retrocesso na legislação do trabalho”, pontuou.
“A aposição ao PL 4302/98 teve 188 votos, o que significa que o governo está perdendo apoio no Congresso com as medidas impopulares como essa terceirização selvagem aprovada ontem. O governo recuou de sua proposta original ao retirar os servidores públicos estaduais e municipais do regime próprio da Reforma da Previdência, mostrando que parte significativa de sua base parlamentar está contra essa reforma’, analisou o secretário.
No entendimento do dirigente, o texto abre as portas para a terceirização generalizada, acaba com o concurso público e desmonta toda estrutura sindical brasileira.
Para impedir que essa realidade se consolide, as entidades farão um forte movimento para que o presidente Michel Temer vete integralmente a matéria.
Nota pública
As centrais irão divulgar ainda hoje nota oficial com posicionamento sobre a aprovação da pauta.
O documento também apoiará o setor da carne. “Defendemos que o governo adote medidas para proteger os empregos na cadeia da carne. Defendemos o combate à corrupção no setor, que não destrua milhares de vagas, como já vemos ocorrendo com as pequenas indústrias de aves”, afirmou Egea.