Conselho do Fundo de Amparo ao Trabalhador apura ‘buraco negro’ da contribuição sindical

Verba não foi repassada às entidades e ficou indevidamente retida no Ministério do Trabalho

A reunião do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (CODEFAT), do qual a CSB faz parte, foi marcada pelo debate sobre o ‘buraco negro’ da contribuição sindical, dinheiro que, por oito anos, não foi repassado às entidades. O encontro foi realizado no último dia 13, na sede do Ministério do Trabalho, em Brasília.

A Caixa Econômica Federal não fez o rateio de guias de contribuição sindical que continham erros, seja de código ou digitação. O montante, que por direito deveria ter sido usado pelas entidades em prol dos trabalhadores, foi indevidamente repassado à conta de salário e emprego do Ministério do Trabalho.

“A bancada trabalhista está requerendo a presença do representante da Caixa Econômica Federal na próxima reunião do CODEFAT para que ele dê melhores explicações, não só para nós como para outros conselheiros do governo em relação à situação desse dinheiro, onde está esse dinheiro, qual é o montante desse dinheiro”, afirmou o vice-presidente da CSB e membro da Banca dos Trabalhadores, José Avelino Pereira (Chinelo).

Já existe um acordo entre as centrais sindicais, o Ministério Público e o Ministério do Trabalho para fazer o levantamento da quantia. “Ninguém ainda tem uma posição correta do valor. Estão buscando uma tecnologia para levantar de quem é o dinheiro [sindicato, federação e central]”, explicou. A CSB acompanhará a questão para que nenhuma entidade e nenhum trabalhador saiam prejudicados do processo.

Além disso, os conselheiros aprovaram a prestação de contas.

Conselho

O CODEFAT foi criado com o objetivo de administrar os recursos financeiros de todos os trabalhadores brasileiros na forma de colegiados tripartite, compostos por entidades representantes do governo, da classe trabalhadora e dos empregadores.

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