Após disputa acirrada, nova diretoria assumiu compromisso de aproximação com a base
Os vigilantes da cidade gaúcha de Passo Fundo, 289 km de Porto Alegre, foram para as urnas na última sexta-feira (3) e elegeram a Chapa 1- União Vigilantes, apoiada pela Seccional Rio Grande do Sul da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), no pleito eleitoral no Sindicato dos Vigilantes de Passo Fundo e Região.
Ao todo, a chapa vencedora conseguiu 254 votos válidos, contra 203 da chapa 2. Além da urna fixa na sede do sindicato, outras duas urnas rodaram as cidades que fazem parte do perímetro territorial da entidade. A nova diretoria, que deve tomar posse nas próximas semanas, ficará à frente da entidade pelos próximos quatro anos.
A Chapa 1, liderada por Rodolfo Boita, tem como prioridades de campanha, a reaproximação dos trabalhadores junto ao sindicato.
“Queremos um mandato de muita transparência e dedicação, queremos também buscar muitos convênios para a base. Vamos nos organizar e trabalhar para que o sindicato esteja sempre presente, não somente em Passo Fundo, mas também nas demais cidades. Apesentamos um total de 15 propostas com objetivo de estancar qualquer problema futuro na questão da interpretação do estatuto. Vamos criar um regimento interno e, principalmente, trabalhar em questão de organização”, disse o presidente.
Além do mutirão que a nova diretoria deve fazer nas próximas semanas para melhorar a sede social do sindicato, Boita pretende também moralizar as assembleias gerais.
“Vamos avançar nos convênios, levar mais informação para os trabalhadores, e uma das coisas prioritárias: moralizar e fazer com que as assembleias sejam democráticas e organizadas, mesmo com algumas divergências”, completou Boita, que aproveitou para agradecer a CSB pelo apoio.
“Precisamos destacar o apoio e o esforço da CSB, representado pelo [Dercírio Cardoso] Júnior, [assessor executivo da CSB RS], que foi importantíssimo nesse contexto. Eu posso afirmar, com certeza, que, se não fosse esta ajuda, seria inviável a realização das eleições”, finalizou o dirigente.
Entre as propostas da Chapa 1 estão: melhores salários, limitar em quatro anos o mandato do presidente, secretário-geral e tesoureiro, mais transparência, equipe de fiscalização de postos, rediscussão do estatuto, redefinição de ajuda de custo dos diretores, luta por convênios e assessoria jurídica aos trabalhadores filiados.