Entidades se reuniram com Rodrigo Maia e afirmaram que a proposta deve ser analisada e debatida pela sociedade
As seis centrais sindicais reuniram-se nesta quarta-feira (29) com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para pedir que a reforma da Previdência não seja votada neste ano. As entidades entendem que a matéria precisa ser discutida por todos os setores da sociedade.
Em discurso, o vice-presidente da CSB Flávio Werneck afirmou que “o adiamento para um diálogo, um debate, seria muito interessante, muito salutar”. Para ele, é urgente a necessidade de “um estudo aprofundado e embasado tecnicamente para a pauta, que precisa de mais tempo”.
Segundo o diretor do Sindicato dos Taxistas do Estado do Ceará (SINDITAX I/CE) e também vice-presidente da CSB, Francisco Albuquerque Moura, “a reforma é ruim porque retira direitos históricos do trabalhador, principalmente quando se fala da questão da aposentadoria. O governo quer entregar o regime previdenciário brasileiro para os bancos e as seguradoras”, analisou.
Em resposta, Rodrigo Maia afirmou que considera a reforma necessária e que será votada se houver a possibilidade. O presidente disse que, se o projeto não for apreciado no dia 6 de dezembro, abrirá espaço de debate.
O presidente da Seccional Minas Gerais da CSB, Cosme Nogueira, lembrou da importância da mobilização das centrais marcada para dia 5. “Esse grande enfrentamento vai pressionar os deputados a votarem contra a reforma”, pontuou.
Também estavam presentes a taxista e delegada do Sindicato dos Taxistas do Distrito Federal, Márcia Ferraz, e o presidente do SINDITAXI/CE e vice-presidente da CSB Ceará, Vicente de Paula Oliveira.