CSB participará da criação da identidade visual que vai simbolizar um dos momentos mais importantes da história brasileira
Na tarde de ontem, 14 de janeiro, as centrais sindicais se reuniram para debater a criação da logomarca dos 50 anos do Golpe de 1964. Esse material fará parte da identidade visual do Grupo de Trabalho Ditadura e Repressão aos Trabalhadores, Trabalhadoras e ao Movimento Sindical, da Comissão Nacional da Verdade, que investiga os crimes cometidos na época contra a classe trabalhadora e os dirigentes sindicais.
As entidades estabeleceram o consenso de que o repúdio ao golpe, a luta contra a repressão e o sentimento de impunidade são os conceitos fundamentais para a criação da marca. Para o secretário-geral da CSB, Alvaro Egea, é importante que a logo sintetize esse sentimento de insatisfação após cinco décadas do início do regime militar.
“Essa criação precisa simbolizar o anseio por justiça e luta contra a impunidade. O Grupo de Trabalho reafirma seu repúdio ao golpe e o desejo de que os crimes contra os trabalhadores e os dirigentes sejam, enfim, reparados”, ressaltou o dirigente, que compôs a mesa de debates.
Todas as centrais estão comprometidas a apresentar uma proposta de logomarca, que será discutida e analisada pela mesa em reunião no próximo dia 21. Na ocasião, o GT debaterá também a pauta e as metas de trabalho para 2014.
O foco das ações do Grupo para este ano baseia-se no fortalecimento da luta unitária dos trabalhadores, no resgate do caráter opressor do regime militar e na apuração de mais informações sobre as torturas praticadas.
“O lema ‘Verdade, Memória, Justiça e Reparação’ deve ser o barco condutor dos trabalhos do GT. Não podemos deixar que mais 50 anos passem sob o regime da impunidade”, finalizou Alvaro Egea.
Ato Sindical Unitário
Durante a reunião, o Grupo de Trabalho alinhou os últimos detalhes do Ato Sindical Unitário “Unidos, Jamais Vencidos”. O evento está marcado para 1º de fevereiro ‑ em São Bernardo do Campo, região do ABC Paulista ‑ e relembrará os 50 anos do golpe de 1964.
Trabalhadores e sindicalistas perseguidos pela ditadura serão homenageados com um diploma assinado por todas as centrais. A diplomação acontecerá logo na entrada do evento. Na ocasião, será formada a mesa com os representantes das entidades para a condução dos trabalhos do ato unitário.