Representações acordaram que agora é o momento de trabalhar de maneira incisiva nas bases eleitorais dos parlamentares indecisos e que apoiam a reforma
Centrais sindicais, inclusive a CSB, e os senadores Renan Calheiros (AL), líder do PMDB no Senado, e Paulo Paim (PT-RS) traçaram estratégias contra a tramitação da reforma trabalhista. A reunião, realizada nesta quarta-feira (31), também contou com a presença dos senadores Hélio José (PMDB-DF) e Roberto Requião (PMDB-PR).
Segundo o vice-presidente da Central Sandro Jadir, parte dos congressistas entende que o projeto não deveria ser votado. “O governo tem jogado duro, pesado, mas as centrais também têm se mobilizado. Há uma conscientização também por parte dos senadores de que não seria o momento oportuno para votar a reforma. Estão cientes de que, na atual conjuntura, o debate dessa matéria não caberia”, pontuou. “A CSB tem se colocado guardiã dos direitos, das conquistas, dos benefícios adquiridos pelo trabalhador até aqui”, frisou Jadir.
As representações acordaram que agora é o momento de trabalhar de maneira incisiva nas bases eleitorais dos parlamentares indecisos e que apoiam a reforma. “Estão todos estão imbuídos em buscar esses votos para que a gente consiga derrubar a reforma ainda na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado”, afirmou o secretário de Organização e Mobilização da CSB, Itamar Kunert.
A entidade também foi representada pelo assessor parlamentar Ernesto Luiz Pereira.
Andamento na CAE
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal debateu nesta terça-feira (30) o relatório sobre a proposta de reforma trabalhista (PLC 38/2017). Em acordo entre base e oposição, a votação do texto será realizada na próxima terça-feira (6).
No relatório, o senador Ricardo Ferraço (PSDB–ES) sugeriu que os parlamentares abram mão do direito de legislar e que aprovem a versão da Câmara dos Deputados. Dessa maneira, qualquer veto ficaria a critério da Presidência da República (leia mais).