Joana Lopes, que também é presidente da Federação da categoria, discursou em solenidade do Dia do Dentista, realizada na última sexta-feira (27), em Brasília
Comemorado na última quarta-feira (25), o Dia do Dentista ganhou uma sessão solene na Câmara dos Deputados, em Brasília, na última sexta-feira (27). Além de parlamentares e outros representantes da categoria, a vice-presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e presidente da Federação Nacional de Odontologistas (FNO), Joana Batista de Oliveira Lopes, esteve presente, e em discurso fez um apelo por mais atenção à saúde bucal brasileira. A dirigente aproveitou a oportunidade para alertar as autoridades sobre a falta de profissionais de saúde bucal no Sistema Único de Saúde (SUS).
“Não podemos permitir o descaso que está havendo com a saúde bucal em nosso País. Estamos com número insuficiente de profissionais na atenção básica e na rede especializada do SUS. Precisamos abrir este mercado de trabalho para que a população realmente possa ter acesso naquilo que a Constituição, no seu artigo 196 a 200, garante. Não é possível com o número enorme de dentista que nós temos nos Brasil a população continuar desassistida”, disse Joana, que também defendeu o terceiro turno e um salário mais justo.
“As unidades de saúde são fechadas a partir das 17h, impedindo que os trabalhadores brasileiros tenham acesso. É impossível continuar recebendo um salário incompatível com o inciso quinto do artigo sétimo da Constituição Federal, que diz que os trabalhadores brasileiros devem ter um piso salarial de acordo com o grau de complexidade de sua profissão, e odontologia é uma profissão complexa, que requer cuidados e atenção. É uma das profissões com mais riscos ocupacionais”, completou a presidente da FNO, que representa 25 sindicatos de odontologia de todo País.
Mesmo com tantas adversidades, a dirigente prometeu seguir em frente na luta pela profissão e pelo País. “Nós vamos continuar lutando pelo Brasil e por uma odontologia melhor. Para que a odontologia não seja uma profissão que só alcança quem pode pagar, mas que o humilde e o trabalhador possam ter realmente acesso aos melhores dentistas desse País. Precisamos de reconhecimento, tem vários projetos tramitando e precisamos resolver. Não vamos desistir do Brasil, não”, finalizou Joana.