Bancos suspendem consignado para aposentados do INSS; CSB repudia “chantagem”

Bancos suspendem consignado para aposentados – Após o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) reduzir o teto de juros de empréstimos consignados para aposentados e pensionistas do INSS, bancos privados como Bradesco, Itaú, Pagbank, Daycoval e PAN anunciaram a suspensão da modalidade em todo o país.

Pressionado pelas centrais sindicais, o CNPS decidiu pela redução do teto dos juros, que passou de 2,14% ao mês para 1,70%.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) criticou a redução dos juros, dizendo que os bancos privados não têm condições de pagarem os custos de captação de clientes, apesar da redução ser menor do que 0,50%.

Atualmente, 89% dos empréstimos consignados de aposentados do INSS é concedido por bancos privados. A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil detêm 11% dos empréstimos realizados nesta modalidade.

A decisão do CNPS de reduzir os juros teria irritado o Palácio do Planalto e na terça-feira (14), o presidente Lula repreendeu ministros e integrantes do governo para que não tomem decisões sem consultar a Casa Civil.

Bancos argumentam que o custo de captação de clientes é maior em especial no interior do país e que há uma norma do Banco Central (BC) que proíbe que bancos ofereçam linhas de crédito deficitárias.

“Em função da redução do teto de juros aprovada pelo Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), suspendeu temporariamente novas operações consignadas do INSS de empréstimo, cartão e cartão benefício”, diz o banco PAN.

O presidente da CSB, Antonio Neto, criticou a reação dos bancos, que ele classificou como “chantagem”. Para Neto, a explicação dada pelos bancos para suspender o consignado dos aposentados é uma “desculpa”.

“Os bancos já começaram a sua ofensiva e suspenderam o empréstimo consignado após a redução proposta pelo movimento sindical junto ao ministro Carlos Lupi. Agora, estão colocando a faca no pescoço da população ao suspender a modalidade de crédito consignado. A desculpa é que a taxa de juros a 1,70% ao mês não cobriria os custos de operação dos bancos. Mentira! O que querem é uma margem de lucro escorchante às custas do povo para poder especular fora do país e contra os interesses da maioria dos brasileiros. Não podemos ceder a essa chantagem! Mobilização popular já! Na terça espero todos vocês no ato das centrais contra os juros abusivos!”, escreveu em sua rede social.

Na próxima terça-feira, dia 21, as centrais sindicais farão um protesto na Avenida Paulista contra os juros altos no país e pela revogação das maldades da Reforma Trabalhista. Confira os detalhes aqui.

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