O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, reafirmou o compromisso do governo federal em apoiar o fim da escala 6×1 – modelo em que o trabalhador atua seis dias por semana e folga apenas um. Segundo o ministro, a proposta é uma das prioridades do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), especialmente após o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil por mês.
A declaração foi feita durante uma reunião com o presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Léo Prates (PDT-BA), e a deputada Daiana Santos (PCdoB-RS), autora do projeto que prevê a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e a adoção da escala 5×2.
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A jornada de 40 horas semanais já é realidade para algumas categorias que têm essa regra na Convenção Coletiva de Trabalho, como é o caso dos profissionais de TI doestado de São Paulo, que conquistaram a redução da jornada anos atrás após intensa mobilização do Sindpd-SP (Sindicato dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação de São Paulo) e dos trabalhadores.
Marinho afirmou que a proposta é relevante e prometeu contribuir na articulação política para acelerar sua tramitação. O projeto, atualmente em análise na Comissão de Trabalho, tem Prates como relator. Ele adiantou que pretende realizar, ainda neste mês, uma audiência pública com empresários e centrais sindicais para debater o tema.
“O projeto nasce do diálogo com trabalhadores e trabalhadoras que enfrentam diariamente o desgaste da escala 6×1. É uma alternativa viável para acabar com esse abuso”, destacou Prates. “O governo federal reconheceu isso, e juntos vamos transformar essa conquista em realidade, garantindo saúde e dignidade para a população.”
Além da proposta de Daiana Santos, também tramita na Câmara uma PEC apresentada pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP), que sugere uma jornada de quatro dias semanais – modelo que já vem sendo testado em empresas brasileiras e adotado em alguns países.
Com informações de Folha de S.Paulo
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
