Artigo: Revisar a Reforma Trabalhista não é “atraso”, é avanço civilizatório

Os defensores da Reforma Trabalhista de Michel Temer estão chamando quem se coloca a favor da revisão como “atrasado”.  

Essa turma acha moderno uma reforma que colocou gestante para trabalhar em local insalubre, que possibilita trabalhador ganhar menos que um salário mínimo, que enfraquece a negociação coletiva, que asfixia sindicato, que permite fraudes na homologação e que autoriza “in pejus” contra os trabalhadores – rasgando a legislação construída pelos próprios congressistas.  

Estão agindo, de forma coordenada, neoliberais e bolsonaristas para defender o indefensável.  

A Reforma Trabalhista NÃO gerou empregos. A renda média do trabalhador brasileiro despencou. A informalidade explodiu. E os direitos trabalhistas são rasgados todos os dias por patrões sócios desse consórcio.

O ideal é a revogação completa da Reforma Trabalhista. 

E a partir da legislação anterior, fazermos uma reforma que, de fato, responda aos novos modelos de trabalho e as necessidades reais dos trabalhadores e do setor produtivo. Garantindo a proteção dos trabalhadores e segurança jurídica para quem respeita a legislação. 

É urgente que o governo Lula dê uma resposta dura aos defensores dessa barbárie que foi a Reforma Trabalhista. Ou se dá uma resposta contundente, ou daqui a pouca essa gente propõe a revogação da Lei Áurea! 

Por Antonio Neto, presidente nacional da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB)

*Foto: Ricardo Stuckert

Veja também: Antonio Neto pede ‘revogaço’ da Reforma Trabalhista em reunião de centrais com Lula

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