Presidente da CSB falou sobre as consequências da medida para os trabalhadores
Nesta terça-feira (7), a diretoria da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário do Estado de São Paulo (FETICOM-SP) recebeu o presidente da CSB, Antonio Neto, para debater a reforma da Previdência.
Segundo Neto, por trás da reforma da Previdência Social estão os bancos. “Os banqueiros querem que todos os brasileiros recebam o mínimo da Previdência para que todo mundo recorra à previdência privada. Porém, qualquer instituição financeira pode quebrar ou falir e deixar as pessoas que contribuíram com ela a ver navios. Por isso, nós temos que lutar para conscientizar os trabalhadores e a sociedade contra esse retrocesso”, afirmou.
Para o dirigente, a alegação do governo de que as mudanças na Previdência são um meio para promover o ajuste fiscal e equilibrar as contas do setor público não é suficiente para que os mais pobres paguem a conta do governo. “A Previdência, nos últimos anos, registrou um superávit. Além disso, justificam que o Produto Interno Bruto brasileiro (PIB) de 2060 não será suficiente para pagar os trabalhadores inativos da época, porém é impossível prever o PIB de um país daqui a três décadas. Não iremos aceitar essas justificativas, temos que ir ao Congresso negociar com os parlamentares essas mudanças”, disse.
O presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros também debateu sobre o financiamento sindical. “O custeio sindical por meio do imposto sindical é fundamental para defesa dos trabalhadores. Este imposto é o que garante a autonomia dos sindicatos”, afirmou Neto ao lembrar que o ataque à estrutura sindical tem sido contínuo.