Em meio a pandemia de coronavírus e aos desmontes dos direitos, o 1º de Maio é antes de tudo uma data de esperança
Em primeiro lugar quero saudar a todos os trabalhadoras e trabalhadores pela comemoração do 1º de Maio. Em especial, aos heróis profissionais da saúde e funcionários públicos de serviços essenciais que arriscam suas vidas para proteger e salvar as nossas.
Este ano, comemorado de forma diferente por conta de uma pandemia mundial que mudou nosso cotidiano, que tem ceifado vidas dos nossos compatriotas e trazido muita dor e sofrimento para o nosso povo, em especial, aos mais humildes e necessitados.
Mais do que tudo, gostaria de trazer hoje a todos vocês, uma mensagem de esperança.
Não tenho dúvidas de que, apesar do governo federal e suas loucuras, a sociedade brasileira irá vencer a luta contra o coronavírus. Sim, nós vamos superar isso.
Mas acredito que toda grande crise, quando a nossa vida corre perigo, nos faz refletir sobre o como doente e atacada está o nosso País. O Brasil está sendo atacado incansavelmente por diversos vírus nos últimos anos.
Passamos e sofremos ainda com o vírus da corrupção e dos desmandos governamentais. Sofremos com a doença do desemprego (já fazem quase 5 anos que temos mais de 10 milhões de desempregados!), da desindustrialização, dos juros criminosos do cartel bancário brasileiro. Nosso País e nosso povo estão sendo constantemente atacados pelo vírus do ódio, da intolerância, um vírus contra a ciência, a solidariedade, os serviços públicos e a importância do Estado para a sociedade.
O presidente da República e seu gabinete do ódio tentam romper a imunidade da Democracia pregando a volta da ditadura militar e dos porões da tortura que levaram incansáveis patriotas. Atacam o movimento estudantil, os sindicatos, os direitos trabalhistas, a Previdência, a economia do País e, sobretudo, os interesses nacionais estratégicos.
As mazelas econômicas e sociais que ainda enfrentaremos serão resultado de toda essa loucura e não apenas do coronavirus. Afinal, antes da pandemia nossa realidade era de crise: 12 milhões de desempregados, 63 milhões de brasileiros com o nome sujo e mais de 35 milhões de trabalhadores no limbo da informalidade e do trabalho precário. A pandemia tornará mais evidente os erros dessas políticas.
Mas a coisa mais importante nisso tudo é que temos a vacina e a cura para todas essas doenças. A vacina se chama Projeto Nacional de Desenvolvimento.
Somente um Projeto Nacional será capaz de reativar os setores da economia destruídos pela insanidade imposta pelo liberalismo selvagem, que nessa crise deixou o País exposto por não conseguir produzir até mesmo máscaras de proteção, que internacionalizou a nossa indústria de fármacos, que expões nossa economia e poder de compra à variação intolerante do dólar e fechou milhões de empresas e empregos no Brasil.
A saída para a pandemia da loucura, da insensatez, do desemprego e da miséria chama-se Projeto Nacional de Desenvolvimento.
Um projeto que liberte nossos jovens com uma educação emancipadora, queremos um país que garanta dignidade e oportunidades a seus filhos.
Os brasileiros que produzem e que trabalham precisam recuperar o controle do nosso destino, revertendo as medidas genocidas que foram implementadas pelos últimos governos.
Queremos um país justo e soberano!
Vamos nos unir em torno dessa bandeira, organizando uma frente nacional ampla e sem hegemonismos. Uma alternativa aos erros cometidos agora e no passado, rompendo a polarização de vermelhos contra laranjas, para construirmos um novo Brasil, focado na inteligência, na solidariedade e nos interesses maiores da nossa Pátria.
Viva o 1º de Maio! Viva o Brasil!
Antonio Neto
Presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros