Milhares de professores, estudantes e profissionais da educação organizaram passeatas e aulas abertas em mais de uma centena de cidades
Cortes de gastos nas universidades públicas, retrocesso na educação brasileira, provocações do ministro Abraham Weintraub e um ataque frontal do governo de Jair Bolsonaro à educação pública brasileira motivaram estudantes, professores e demais profissionais da educação a voltarem às ruas do País, 15 dias após ato que entrou para a história recente.
A mobilização desta quinta-feira (30), que aconteceu em 104 cidades de 21 estados e o Distrito Federal, também foi um esquenta para a greve geral, programada para o próximo dia 14 de junho, contra a PEC 06/19, que trata da reforma da Previdência.
Os estudantes já avisaram que enquanto não cessarem os cortes, eles não sairão das ruas.
Com apoio de centrais sindicais, partidos políticos e movimentos sociais, a principal mobilização aconteceu novamente na capital paulista, onde mais de 60 mil pessoas se concentram na tarde desta quinta, no Largo da Batata, que também foi ponto de partida da caminhada até o vão livre do Masp, em um circuito de 4 km.
A Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) esteve representada nos atos pelo Brasil por dezenas de dirigentes de sindicatos filiados.
São Paulo
Além do ato na capital, na cidade de Presidente Prudente os manifestantes organizaram uma aula pública, em forma de roda de conversa. Em São Carlos, o ato aconteceu no campus da Universidade de São Paulo e no centro da cidade, onde os estudantes fizeram uma passeata. Ao lado, em Araraquara, o local escolhido foi o campus na Universidade estadual Paulista (UNESP). Também houve ato em Tupã, Campinas, Itaquaquecetuba, Birigui e Bauru, onde os manifestantes se organizaram em frente à Câmara Municipal.
Distrito Federal
Na capital do País, os estudantes se concentraram na praça do Museu Nacional da República e caminharam sentido à Praça dos Três Poderes.
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Ceará
Em Fortaleza, a concentração aconteceu na Praça da Gentilândia, de onde seguiram em caminhada para o campus da Universidade Federal do Ceará (UFC). No estado também houve ato em Barbalha, Tabuleiro do Norte, Aracape e Sobral.
O presidente da Seccional Ceará da CSB, Francisco Moura, que esteve no ato de Fortaleza, com outros dirigentes, aproveitou a oportunidade para chamar os trabalhadores para a greve geral.
“A CSB está junto com os trabalhadores da educação e com a juventude para deixar o nosso apoio à luta contra o corte de verbas criminoso do governo Bolsonaro. Rumo à greve geral”, disse.
Minas Gerais
Além de Belo Horizonte, na cidade de Juiz de Fora o ato começou na Praça Cívica da UFJF e, em seguida, saíu em marcha em direção ao Parque Halfeld.
Bahia
O principal ato no estado aconteceu em Salvador, onde os manifestantes percorrem cerca de 2 km entre o Largo do Campo Grande e a Praça Castro Alves. Também houve protesto em Feira de Santana, a cerca de 100 km da capital baiana e nos municípios de Alagoinhas, Serrinha, Teixeira de Freitas e Vitória da Conquista.
Rio de Janeiro
A manifestação aconteceu durante a tarde, no Centro do Rio. A concentração estava próxima à Igreja da Candelária, de onde estudantes caminharam em direção à Cinelândia.
Em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, o ato em defesa da educação ocorreu durante a tarde. Os manifestantes se reuniram no Pelourinho, no Centro.
Rio Grande do Sul
Na capital gaúcha, estudantes e trabalhadores se concentraram na Faculdade de Educação da UFRGS e seguiram em caminhada pelas ruas do Centro
Pernambuco
No Recife, durante a manhã, estudantes da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) realizaram um “abraço simbólico” ao prédio da instituição. Durante a tarde, os manifestantes saíram em passeata pelas ruas centrais da capital.
Piauí
Em Terezinha, o grupo de manifestantes realizou ato “em defesa da educação”, no Centro da cidade. O grupo saiu em passeata pelas ruas do Centro da capital.
Maranhão
Se durante a manhã estudantes distribuíram panfletos na Avenida dos Portugueses, na parte da tarde a mobilização se concentrou na Praça Deodoro, em São Luís.
Sergipe
A concentração aconteceu na Praça General Valadão, de onde o grupo saiu por volta das 15h30 em caminhada pelas ruas do Centro.
Paraná
Na capital, Curitiba, estudantes instalaram uma nova faixa na fachada do prédio histórico da UFPR (Universidade Federal do Paraná). A nova faixa é maior que a anterior e foi colocada num local mais alto da fachada do prédio da UFPR, numa operação que contou com andaimes.
Alunos, professores e funcionários da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), em Cascavel, participaram de ato e fizeram panfletagem contra os cortes na educação.
Mato Grosso
Manifestantes fizeram protestos na manhã desta quinta em Rondonópolis e Tangará da Serra, cidades a 218 km e 242 km de Cuiabá. Além de protestarem contra o bloqueio e contra a corrupção no Brasil, os participantes se manifestaram a favor da educação, de incentivos e bolsas aos estudantes.
Pará
Sindicatos de trabalhadores petroleiros e portuários realizaram um protesto no terminal do Miramar, na rodovia Arthur Bernardes, em Belém. A categoria protesta contra o projeto do governo do presidente Jair Bolsonaro de ataque à educação desde o ensino básico até as universidades.
Acre
Em Rio Branco, o ato ocorreu na Praça da Revolução e começou às 9 horas.
Alagoas
Manifestantes marcharam com faixas e cartazes pelas ruas do centro da cidade. A concentração aconteceu na Praça do Centenário, no Farol, de onde o grupo saiu em caminhada por volta das 14h30 até o Centro.