Central dos Sindicatos Brasileiros

Em Audiência Pública, CSB defende empregos na Embraer

Em Audiência Pública, CSB defende empregos na Embraer

O presidente da CSB Minas e diretor de Formação Sindical da CSB Nacional Cosme Nogueira representou a Central numa Audiência Pública, realizada nesta segunda-feira (20 de agosto) na Câmara Municipal de São José dos Campos/SP, que discutiu a possível fusão entre a Embraer e a norte-americana Boeing. A posição da entidade é absolutamente contrária à negociação, pois o processo representa uma afronta aos interesses nacionais. “Além de atacar a soberania nacional, esse negócio será prejudicial para os trabalhadores, para a cidade de São José dos Campos e para toda a região. São cerca de 26 mil empregos, diretos e indiretos, que estão em evidência”, afirmou Cosme Nogueira, que também é presidente da FESERP-MG.

Para ele e a CSB, a transferência da Embraer para a Boeing é mais uma prova de que o capital estrangeiro, com a complacência do Governo Federal, tenta controlar áreas estratégicas do país – vide o exemplo da Petrobrás, e, agora, a tecnologia no setor de aviação. “São certamente interesses antipatrióticos, bem típicos do governo ilegítimo, de Michel Temer (MDB), que mostra a cada dia seu desprezo pelo Brasil e pelo povo brasileiro”, avaliou Cosme Nogueira. “Mas estaremos sempre atentos e junto com outras entidades, com os sindicatos da região, enfrentaremos e denunciaremos mais esse crime de lesa-pátria”, completou.

Na Audiência Pública foram citadas outras possíveis conseqüências da negociação Embraer/Boeing, como a redução da atividade industrial no Brasil, perdas na arrecadação pelo Estado e transferência de capital humano e tecnologia ao exterior. Há ainda o temor, lembrado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, de que o acordo mude o perfil da fábrica, que poderá deixar de ser uma fabricante de aviões como é hoje para virar uma fornecedora de peças à Boeing.

Anunciado no dia 5 de julho, o acordo prevê que a nova empresa, avaliada em US$ 4,75 bilhões, terá 80% de seu capital controlado pela Boeing, ficando apenas 20% com a Embraer.

Fonte: FESERP/MG