Central dos Sindicatos Brasileiros

Negociações travadas: Trabalhadores da saúde em sete cidades de SP entram em greve

Negociações travadas: Trabalhadores da saúde em sete cidades de SP entram em greve

Trabalhadores da saúde de sete cidades na região metropolitana de São Paulo entraram em greve nesta segunda-feira (4) por tempo indeterminado, anunciou o Sindicato Único dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Osasco e Região (Sueessor).

A greve foi aprovada em assembleia realizada no dia 30 de novembro pela falta de progresso na negociação coletiva com o sindicato patronal Sindhosp, especialmente em relação ao pagamento do piso salarial da enfermagem.

As principais reivindicações dos trabalhadores são:

  1. Reajuste Salarial Anual;
  2. Reajuste nos pisos normativos de todos os trabalhadores representados pelo Sueessor;
  3. Implementação do Piso Salarial Nacional da Enfermagem;
  4. Reajuste no valor da cesta básica;
  5. Auxílio creche.

A categoria também busca melhorias em cláusulas sociais e nas condições de trabalho, asseguradas pelo Sueessor na convenção coletiva. No entanto, o processo de negociação está sem avanço desde maio.

No momento, a greve abrange trabalhadores em Hospitais, Clínicas, Casas de Saúde, Laboratórios de Pesquisa e Análises Clínicas, em Embu das Artes, Embu-Guaçu, Ibiúna, Itapecerica da Serra, Santana de Parnaíba, Taboão da Serra e Vargem Grande Paulista.

O Sueessor alerta que o movimento pode se expandir por toda a base territorial representada pelo Sindhosp caso a parte patronal não apresente uma proposta justa para negociação.

Protesto

Nesta terça (5), a CSB apoiou grevistas em uma manifestação realizada em frente à sede em Itapecerica da Serra da empresa DaVita Serviços de Nefrologia que convocou ilegalmente trabalhadores que não estavam na escala de trabalho e que não faziam parte do quadro de funcionários para substituir os funcionários que participavam do movimento grevista.

O sindicato notificou a empresa extrajudicialmente pela prática antissindical e informou que a paralisação está cumprindo todos os requisitos legais, como a ampla divulgação e manutenção da prestação de serviços sem prejuízo aos pacientes.

Veja também: Senado vai recorrer de decisão que limita pagamento do piso da enfermagem