Sem comunicação com os governos municipal, estadual e federal, sindicalistas planejam paralisação geral no estado
Pela defesa das reposições inflacionárias reais aos funcionários públicos das três esferas de poder que atuam no Maranhão e do direito de greve dos servidores, a CSB junto a mais doze entidades sindicais debateu, nessa quinta-feira (14), a possibilidade de uma paralisação geral dos serviços públicos do estado caso os governos municipal, estadual e federal continuem a rejeitar a abertura de diálogo com a categoria. A reunião aconteceu na sede do Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado do Maranhão (SINDJUS/MA), na capital São Luís (MA).
Em cronograma de encontros para discutir as estratégias de mobilizações desde o dia 13/06, os sindicalistas afirmam que um dos principais entraves ao atendimento das reivindicações é o desinteresse do Poder Executivo na conversa com os servidores. De acordo com o 2º secretário dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da CSB e um dos representantes da Central no Maranhão, Wennder Rocha, “os governos têm inviabilizado qualquer tipo de discussão”.
“Os governos não nos recebem. Eles não têm sentado com a classe trabalhadora do Maranhão para deliberar sobre qualquer assunto que necessita despesas funcionais. Para se ter uma ideia, eles não querem nem realizar o reajuste anual dos funcionários estaduais, previsto na Constituição de 1988, e ainda obstruem o direito de greve dos trabalhadores”, relata Rocha. Os servidores estaduais brigam por 10,38% de reajuste salarial.
Com o apoio de movimentos sociais, a categoria também planeja divulgar uma carta aberta à sociedade e aos governantes para protestar contra a omissão da administração pública e convocar os trabalhadores à luta. “Estamos programando outras reuniões para conseguir o máximo de organização possível e, assim, partiremos a uma grande manifestação. O objetivo é comum a todas as entidades sindicais representativas de funcionários de qualquer esfera”, destaca o dirigente.
Ainda segundo Wennder Rocha, melhorar não só a qualidade de vida do servidor como a eficiência dos serviços prestados à população maranhense é a finalidade da mobilização. Para o secretário da CSB, “uma vez sustadas as reivindicações da categoria e impossibilitado o exercício do direito de greve, há uma degradação do poder econômico e social do trabalhador e um desânimo que influencia diretamente a sociedade”.