Central dos Sindicatos Brasileiros

Servidores do Ceará paralisam as atividades por 24 horas

Servidores do Ceará paralisam as atividades por 24 horas

Categoria reivindica melhores condições de trabalho e maior investimento do governo estadual na saúde

Os servidores da saúde do Ceará paralisaram as atividades por 24 horas, nesta terça-feira, 11. A categoria reivindica maior investimento na área da saúde. Em 2015, o governador Camilo Santana (PT) cortou 25% da verba do estado destinada à saúde. Além disso, em junho deste ano anunciou o congelamento do reajuste anual dos servidores.

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De acordo com a presidente do Sindicato dos Fonoaudiólogos do Estado do Ceará (Sindfono), Danielle Levy Albuquerque de Almeida, em janeiro de 2017 as perdas salariais dos servidores da saúde chegarão a mais de 17%. “Os nossos salários estão defasados há mais de 20 anos. Nossa perda salarial, se formos contabilizar todo esse período, chega a 172% de perda de poder de compra”, afirmou a dirigente.

Danielle ainda afirma que, devido ao corte do orçamento da saúde, o número de pacientes que estão jogados nos corredores dos hospitais tem aumentado. “Neste ano houve o fechamento da emergência obstétrica do Hospital Central de Fortaleza e também ocorreu a redução do número leitos de internação. Isso tudo é resultado dos cortes orçamentário que a saúde vem sofrendo e também do descaso com os servidores”, avaliou.

De acordo Francisco Moura, vice-presidente da CSB, nos últimos dois anos os servidores não tiveram a reposição da inflação nos salários. “Isso é muito grave a reposição salarial dos servidores também representa investimento na saúde. A situação da saúde pública do Ceará está em calamidade. A população está sofrendo com o total descaso do governador. Nós da CSB estivemos presente na paralisação dos servidores e vamos continuar lutando pelos trabalhadores e pela sociedade”, afirmou.

Os servidores da saúde do estado reivindicam o reajuste salarial de 12,67% retroativo a janeiro de 2016, ampliação dos investimentos na saúde, reabertura da emergência obstétrica e a realização de novos concursos públicos para que ocorra a ampliação do quadro de funcionários.

Durante a manifestação, o governador propôs se reunir com os trabalhadores, porém ele deixou os servidores esperando por mais de duas horas e cancelou o encontro.