Parlamentar foi escolhido em acordo por todos os partidos durante instalação da comissão realizada nesta quarta-feira (26)
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Previdência Social foi instalada nesta quarta-feira (26) no Senado Federal. Por acordo entre todos os partidos políticos, o senador Paulo Paim (PT-RS) foi escolhido como presidente e o senador Hélio José (PMDB-DF) como relator. O comitê tem o objeto de investigar a situação contábil e fiscal da Previdência.
No dia 21 de março, Paim protocolou pedido de criação da CPI. Entre as atribuições do presidente estão a convocação de reuniões, decisões sobre questões de ordem e controle de cronograma do colegiado. O relator fica responsável pelo andamento dos trabalhos.
“Eu estou convicto que essa CPI não será contra esse ou aquele governo, ou contra esse ou aquele partido, e nem entrará no viés ideológico, essa comissão será um trabalho coletivo. Como foi dito, vai analisar as contas. Claro que, quando você entra na Previdência, nós vamos ter que olhar a Seguridade. Nós vamos olhar com muito carinho as contas da Previdência, saúde e assistência. É a primeira vez em 92 anos que uma CPI vai investigar essa caixa obscura, fechada, que na verdade ninguém parece que conhece porque a insegurança é grande”, disse Paim.
O presidente prometeu uma investigação enérgica. “Nós sabemos que vai aparecer quem, ao longo das nossas vidas, meteu a mão no dinheiro mais sagrado, que é o dinheiro da Seguridade”, pontuou.
O parlamentar afirmou que a comissão irá investigar o montante de 100 bilhões de reais que em quatro anos foram recolhidos dos trabalhadores e não repassados para a Previdência. A informação seria dos procuradores da Fazenda e auditores fiscais.
Hélio José afirmou que a dinâmica será democrática e coletiva, de modo que todos os setores da sociedade sejam ouvidos. O senador Telmário Mota (PTB-RR) é o vice-presidente.
As reuniões serão realizadas toda terça-feira, às 8h30