Servidores de diversas instituições aderiram ao movimento nacional contra reformas Trabalhista e Previdenciária no Acre. Ato teve início no Palácio de Rio Branco, Centro da capital acreana
“Já passaram de 15 sindicatos, dos mais de 50 que temos em todo o estado. Mas, isso já é uma grande quantidade. Tivemos movimentação também nas cidades de Cruzeiro do Sul, Feijó, Tarauacá, Bujari e Capixaba. Aqui no Centro vamos ter programação cultural com músicas e falas. Depois vamos descer até o Terminal Urbano e fazer ocupação do terminal para parar as movimentações e darmos um choque na cidade e mostrarmos ao povo que estamos mobilizados”, afirmou Albuquerque.
Cerca de 80 % das escolas das redes municipal e estadual estão com as atividades suspensas desde o início da manhã. Com a paralisação, as Unidades Básicas de Saúde funcionaam até as 10h desta sexta. Já os bancos estão funcionando normalmente.
A presidente do Sindicato dos Professores do Acre (Sinproacre), Alcilene Gurgel, informou que a mobilização para que a categoria estivesse presente no movimento ocorreu desde o início do mês. Ela afirmou que os trabalhadores de todo país estão se sentindo “ameaçados” com as reformas propostas pelo governo.
“Estamos desde o início do mês fazendo mobilização nas escolas para esse dia. A gente sabe que o tempo chuvoso atrapalhou um pouco, mas como é o dia todo de paralisação, isso aqui vai ferver. As escolas pararam, esse não é um movimento da educação, é um movimento dos trabalhadores acreanos, já que todos nós estamos nos sentindo ameaçados com a retirada dos nossos direitos.
Eletrobras faz ato isolado
A Eletrobras Distribuição Acre fez um ato isolado em frente à sede do órgão em Rio Branco. Cerca de 70% dos serviços foram paralisados, de acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Urbanitários, Marcelo Jucá.
“A greve é geral como em todo país. Estamos juntos contra a reforma Trabalhista e da Previdência, contra a lei da Terceirização e contra as privatizações, em especial do setor elétrico. Estamos juntos com as demais categorias protestando contra as reformas que o presidente está querendo fazer no país. Deixamos os 30% dos serviços funcionando como a lei pede e os demais foram paralisados”, afirmou Jucá.
Ônibus
O presidente do Sindicato dos Transportes, Marcos Costa, informou que os ônibus vão transitar normalmente durante todo o dia e que a categoria não aderiu à paralisação. Porém, os coletivos acabaram parando quando a manifestação chegou ao Terminal Urbano.
A Superintendência de Transporte e Trânsito (RBTrans) informou que os taxistas e mototaxistas participaram do ato, mas, para não deixar a população sem locomoção, optou por se dividir em grupos.
Escolas
O Sindicato dos Professores do Acre (Sinproacre) disse que ao menos 80% entre escolas municipais e estaduais ficaram sem aulas na capital acreana.
Trânsito
A Rua Arlindo Lela, no Centro de Rio Branco, em frente ao prédio da Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac) foi fechada. A Avenida Ceará chegou a ficar bloqueada. O trânsito ficou lento na região do Centro da capital acreana.
Hospitais e unidades de saúde
O Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb) está funcionando normalmente durante todo o dia. As unidades Básicas de Saúde funcionaram apenas até às 10h.
Bancos
As agências bancárias estão funcionando normalmente.
Comércio
A Associação Comercial do Acre (Acisa) informou que o comércio vai ficar aberto normalmente o dia todo.
Oca
A Central de Serviços Públicos (OCA) de Rio Branco teve os serviços paralisados. Segundo o governo do estado, como os servidores aderiram ao movimento e não comparaceram aos postos de trabalho, o local não teve como funcionar normalmente.
Ato no interior do Acre
O Sindicato dos Professores de Cruzeiro do Sul informou que 99% das escolas entre municipais e estaduais ficaram sem aulas. Os Correios estão funcionando normalmente, os funcionários não participam da greve geral da categoria no município.
Servidores municipais, estaduais e federais também aderiram ao ato. A Biblioteca Pública da cidade ficou fechada. A parte administrativa do hospital e da maternidade também não estão funcionando. Apenas funcionando 30% dos serviços, como urgência e emergência estão com serviços normais.
O presidente do Sinteac no município, Edevaldo Gomes, disse que várias categorias participaram do ato na cidade. Segundo ele, assim como em todo país, Cruzeiro do Sul não poderia deixar de protestar.
“Estamos vivendo duas crises profundas e ninguém vê preocupação em reformas na política e economia, essa dívida não é nossa. Temos diversas categorias aqui, não são só os professores, estamos parando a rede de ensino tanto estadual como municipal, além de outros setores do governo estão parados como os trabalhadores federais do Incra e Ifac. É algo que vai mexer com toda a classe trabalhadora”, disse Gomes.
Fonte: G1