A afirmação é do presidente da CSB em coletiva de imprensa sobre o evento unificado com a CUT e CTB no Vale do Anhangabaú, em São Paulo
Na manhã de hoje (29), as centrais sindicais – CSB, CUT e CTB – fizeram uma coletiva de imprensa para apresentar a pauta de reivindicações dos trabalhadores para o 1º de maio unificado. A redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salário, e o fim do fator previdenciário estão entre os principais temas.
Antonio Neto, presidente da CSB, lembrou que a próxima edição do 1º de maio é muito significativa, porque em 2014 completam-se 50 anos do Golpe de 1964, período sombrio para a história dos trabalhadores e do Brasil.
Segundo Neto, a celebração do dia do trabalhador pretende, essencialmente, juntar e discutir com a sociedade o projeto político das centrais.
“É com esse espírito que a CSB vem para o 1º de maio unificado, para as lutas conjuntas, para as reivindicações dos trabalhadores. Vamos concentrar nossas forças nos principais itens da pauta, para que eles sejam notados, porque são de extrema importância para a classe operária”, ressaltou o presidente da CSB.
“Fazer um evento com essa visão, com esse conceito, vai enunciar aquilo que queremos para o futuro do Brasil. Esse é o papel das centrais”, completou Antonio Neto.
Adilson Araújo, presidente da CTB, reforçou a luta de igualdade de gêneros. “A CTB tem pleno entendimento de que o esforço da classe trabalhadora deve ser no sentido de evitar o retrocesso de direita para garantir as vitórias dos trabalhadores”, destacou.
Para o secretário de Relações Internacionais da CUT, João Antônio Felício, o 1º de maio é um dia de protesto, de reivindicações dos trabalhadores, de mobilização e crítica. “Precisamos garantir os direitos conquistados na CLT. O dia do trabalhador é um momento de reafirmação da pauta trabalhista. É um dia de comemoração de todas as conquistas já obtidas, mas também uma oportunidade de novos avanços”, disse.
O presidente da CUT São Paulo, Adi dos Santos Lima, afirmou que as centrais estão organizando o 1º de maio com um conjunto de atividades em defesa da pauta trabalhista. O dirigente apresentou a programação completa das comemorações pelo dia do trabalhador, que começou desde o dia 27.
Além da redução da jornada de trabalho e do fim do fator previdenciário, as centrais defenderão no 1º de maio a regulamentação da Convenção 151 e a ratificação da Convenção 158 da OIT; mais investimentos em saúde, educação, segurança e transporte público; igualdade de oportunidades entre homens e mulheres; e reforma agrária.
Pauta trabalhista
Durante a coletiva de imprensa, os dirigentes divulgaram que, no próximo dia 6 de maio, as centrais formarão uma Comissão Geral da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, em Brasília, para debater as reivindicações trabalhistas que serão votadas pelo Congresso no dia seguinte.