Central dos Sindicatos Brasileiros

Ministério do Trabalho lança campanha contra fraudes no FGTS

Ministério do Trabalho lança campanha contra fraudes no FGTS

Presidente Antonio Neto participou do evento que divulgou medidas para impedir a informalidade e garantir os direitos dos trabalhadores

Na manhã de hoje, 11 de fevereiro, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) lançou uma série de medidas para coibir as fraudes praticadas sobre Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O MTE vai intensificar a fiscalização contra a informalidade no mercado de trabalho e a sonegação dos valores devidos ao Fundo. Antonio Neto, presidente da CSB, participou do evento em Brasília.

O ministro do Trabalho, Manoel Dias, disse que os auditores fiscais do órgão vão pôr em prática nova fase do Plano Nacional de Combate à Informalidade dos Trabalhadores Empregados, com novas ferramentas de fiscalização, inclusive eletrônica, que, segundo Dias, vão otimizar a ação do MTE. Com isso, o Ministério pretende empreender a terceira etapa do Programa de Fiscalização Eletrônica, que proporcionará maior agilidade e economia ao processo.

11“Mesmo que tenhamos hoje mais de 50 milhões de pessoas empregadas formalmente, e isso é uma grande conquista dos últimos 12 anos, ainda temos 14 milhões de trabalhadores em situação irregular, que não têm acesso aos seus direitos básicos. Isso representa uma sonegação de R$ 80 bilhões por ano à Previdência e ao FGTS, que nós temos que combater pelo bem do trabalhador, tanto na questão dos direitos quanto da saúde dos fundos”, explicou Manoel Dias. A expectativa é tirar da informalidade mais de 400 mil pessoas nessa fase dos trabalhos.

Antonio Neto afirmou que a formalização do mercado de trabalho é fator fundamental na proteção dos trabalhadores. Segundo o presidente da CSB, os maus empresários, que contratam funcionários sem registro em carteira, cometem um crime contra o Brasil.

“A carteira assinada é a defesa que o trabalhador mais precisa. Com o registro, ele terá todos os direitos e benefícios garantidos pela lei, inclusive o FGTS. E também combater as práticas de empresas que deixam de recolher o Fundo é tarefa primordial do Ministério”, disse.

Para o presidente da CSB, a contratação PJ, ou seja, quando o trabalhador é contratado como uma pessoa jurídica individual, também deixa o profissional fora do sistema de proteção social. “Nesta situação, quem ganha é somente o empregador, que deixa de pagar os direitos trabalhistas devidos. Nesse caso, o 13º salário, garantido por lei, as férias, o FGTS e todos direitos acabam indo para o bolso das empresas, que não têm compromisso nenhum com seus funcionários”, reiterou.

O MTE vai enviar à presidenta Dilma Rousseff uma proposta de aumento do valor da multa às empresas que não registram os trabalhadores em carteira, que hoje é de R$ 402,53.

Sonegação

Segundo o Ministério a sonegação média do FGTS pelas empresas é de 7% ao ano, o que representa R$ 7,3 bilhões – dados de 2014, ano em que a arrecadação do Fundo foi de R$ 104,5 bilhões. Com as medidas anunciadas pelo ministro, o governo espera elevar as receitas do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), do FGTS e da Previdência Social em R$ 5,2 bilhões em 2015.

Com informações do MTE

Fotos: Renato Fernandes Alves/MTE