A Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) esteve presente na cerimônia de reabertura da “Mesa Nacional de Negociação Permanente” com o funcionalismo público nesta terça-feira (7) em Brasília.
O presidente da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB), João Domingos, falou pela CSB na retomada deste importante mecanismo de diálogo com o poder público, fechado em 2016 por Michel Temer.
“Estamos aqui com uma espécie de mantra, até que seja plenamente reconquistado, o marco regulatório das relações de trabalho do setor público como um todo”, disse Domingos, referindo-se à Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Além das dezenas de dirigentes sindicais e representantes do funcionalismo, estiveram presentes 8 ministros de estado no evento do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, chefiado pela ministra Esther Dweck.
Compareceram:
- Fernando Haddad, ministro da Fazenda
- Rui Costa, ministro da Casa Civil
- Luiz Marinho, ministro do Trabalho
- Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento
- Camilo Santana, ministro da Educação
- Carlos Lupi, ministro da Previdência
- Márcio Macêdo, ministro da Secretaria-Geral da Presidência
Na cerimônia, a ministra Esther Dweck assinou a minuta de um decreto que inclui dirigentes sindicais na folha salarial, que foi encaminhado ao presidente Lula e deve ser publicado até amanhã, quarta-feira (8).
As entidades presentes aproveitaram a oportunidade para apresentar outras demandas, como reajuste salarial dos servidores para recompor a perda inflacionário de 27% dos últimos anos, e a revisão do plano de carreira.
“Este governo jamais considerará o servidor um parasita”, disse Esther, em referência a uma fala do ex-ministro Paulo Guedes, que em 2020, enquanto chefiava o Ministério da Economia, comparou os funcionários públicos a parasitas.
Haddad também falou que o funcionalismo foi “demonizado” durante o governo Bolsonaro e prometeu que vai trabalhar para “tirar a granada do bolso” dos trabalhadores.
Leia também: Servidores de agências reguladoras denunciam descaso e pedem mais concursos