Assembleia decidirá sobre greve dos professores de Palmeira (PR) – O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Palmeira (Sismup) deve decidir na próxima quarta-feira (2) se os professores municipais entrarão em greve pelo pagamento do reajuste estabelecido pelo Ministério da Educação (MEC).
O presidente do Sismup, Cezar Ruzin, contou que a tendência é que a assembleia marcada para quarta decida favoravelmente pela greve. Segundo ele explicou, os professores tentam – sem sucesso – negociar com a prefeitura que o reajuste de 14,95% para o magistério determinado pelo MEC seja pago a todos os professores e professoras da cidade.
Para o sindicato, o índice do MEC atinge de forma linear todos os professores, independentemente do nível. Já o município alega que o reajuste é valido apenas para aqueles do nível 1, que recebem o piso da carreira.
Desta forma, os salários dos demais professores foram reajustados por um índice (5,93%) próximo da inflação, enquanto o sindicato luta para a concessão dos 14,95%.
“Até o momento, a administração municipal não quis negociar, não aceita negociar, tivemos uma ou outra conversa, mas sem nenhum tipo de avanço significativo”, disse Ruzin, que também é dirigente da CSB-PR.
Em 29 de junho, a categoria decidiu em assembleia paralisar as atividades por três dias, o que foi feito de segunda (24) a quarta-feira (26) da semana passada.
Na terça (25), a prefeitura obteve uma liminar na Justiça para declarar a greve ilegal e determinar o retorno imediato dos profissionais, sob pena de multa de R$ 10 mil por dia, porém o sindicato manteve o cronograma argumentando que não havia sido notificado oficialmente sobre a decisão.
Na próxima assembleia, a decisão será em relação a uma paralisação geral dos professores de Palmeira por tempo indeterminado.
A prefeitura afirma que não tem condições de oferecer reajuste linear a todos os professores pelo impacto no que causaria no Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) e no orçamento do município.
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