Presidente da CSB afirma que a decisão ainda não é a ideal, mas já beneficia os trabalhadores que ganham menos
O governo publicou hoje, 11 de março, no Diário Oficial da União, Medida Provisória (MP 670) que estabelece o novo reajuste da tabela do Imposto de Renda. A nova regra prevê um aumento escalonado do IR, em 6,5%, 5,5%, 5% e 4,5%, de acordo com a faixa salarial. Quanto menor a faixa, maior a correção. A medida vale a partir de abril de 2015 e não atinge as declarações que começaram a ser feitas em março.
Pela nova tabela, quem ganha até R$ 1.903,98 fica isento de pagamento do Imposto. Para o presidente da CSB, este patamar não é o ideal, mas ele considera importante a correção da tabela do IR. “Precisamos ter responsabilidade. A política do ‘tudo ou nada’ já fez com que os trabalhadores perdessem muito num passado recente, a exemplo do fator previdenciário e da redução da jornada de trabalho”, explicou Antonio Neto.
O dirigente afirmou que a luta pela reposição das perdas continuará. “A partir de agora, já na reunião desta tarde com os ministros, vamos pressionar o governo para estabelecer um cronograma gradual para a correção e a cobertura do déficit acumulado no governo FHC”, destacou.
Na avaliação de Neto, o novo cálculo já atinge a parcela dos trabalhadores que ganham menos da correção da tabela. “Um fator importante desse sistema é que já passa a beneficiar os que ganham menos, caminhando no sentido de equilibrar a cobrança de impostos”, pontuou o presidente.
Tabela
A correção da tabela foi definida em reunião entre líderes do Congresso e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ontem, 10 de março. Confira as novas faixas salariais e alíquotas após o reajuste:
Faixa salarial | Alíquota |
R$ 1.903,99 a R$2.826,65 | 7,5% |
R$ 2.826,66 a R$ 3.751,05 | 15% |
R$ 3751,06 a R$ 4.664,68 | 22,5% |