Seminário promovido pela Secretaria-Geral da Presidência mostrou à sociedade os investimentos em infraestrutura que serão o verdadeiro legado ao País.
Na tarde de hoje (24), foi realizado na Casa de Portugal, em São Paulo, o seminário “Diálogos: Governo-Sociedade Civil: Copa 2014”. O evento é promovido pela Secretaria-Geral da Presidência da República e apresentou à sociedade os investimentos feitos pelo governo federal na Copa do Mundo e, principalmente, em infraestrutura.
Segundo os organizadores, os únicos investimentos feitos exclusivamente por causa da Copa se limitam a R$ 8 bilhões, destinados às obras nos estádios. Metade desse montante foi financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Os investimentos estratégicos em infraestrutura, legado que ficará para a sociedade como melhorias essenciais – com ou sem Copa do Mundo – giram em torno de R$ 17,6 bilhões. Esse valor aplica-se em áreas como turismo, portos, aeroportos, segurança, telecomunicações e mobilidade urbana.
Para o ministro-chefe da Secretaria-Geral, Gilberto Carvalho, o espírito do País é de construção. “O governo está aberto à sociedade. Temos orgulho em dizer que o Brasil é uma nação livre, onde a cidadania se manifesta”, declarou sobre os protestos de setores da sociedade contra a realização da Copa do Mundo.
O ministro destacou que a projeção de renda adicionada ao PIB pela Copa é de R$ 30 bilhões. Além disso, Carvalho revelou que o evento terá como tema a luta contra o racismo e a exploração sexual. “Todo turista estrangeiro que chegar ao Brasil receberá um aviso sobre a intolerância do País com essas práticas”, disse.
Gilberto Carvalho comandou a mesa de debates que contou com a presença da prefeita de São Paulo em exercício, Nádia Campeão, o professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Pedro Trengrouse e o secretário de planejamento e desenvolvimento regional de São Paulo, Júlio Semeghini. O presidente da CSB, Antonio Neto, participou do evento, além de representantes das centrais sindicais e de movimentos sociais.
São Paulo
A sede da abertura da Copa 2014 foi tema da exposição da prefeita de SP em exercício. Nádia Campeão revelou que o Estado e a Prefeitura investiram R$ 548,5 milhões em intervenções viárias e adequação do espaço público no entorno do Polo Institucional de Itaquera e na Arena Corinthians, estádio do primeiro jogo do Mundial.
A prefeita expôs ainda os três principais eixos estratégicos para o legado da Copa. O primeiro deles é compatibilizar a realização do evento com o desenvolvimento socioeconômico da Zona Leste da cidade, melhorando a rede de serviços públicos e privados. Projetar a cidade como destino para lazer e cultura a nível internacional e aprimorar a governança e a transparência da gestão completam os eixos.
Para Nádia, o Mundial representa mais um grande evento para a cidade. “A Copa trará benefícios para o município como um todo e principalmente para a Zona Leste. A comunidade de Itaquera terá mais infraestrutura proporcionada pelas melhorias que fizemos na região”, afirmou sobre as obras do Parque do Carmo e na Comunidade Vila da Paz, que será realocada pelo programa “Minha Casa Minha Vida”.
A Copa para os brasileiros
Pedro Trengrouse apresentou o cenário de crescimento que o futebol agrega à economia. Segundo o professor, a elite do futebol geral 370 mil empregos diretos e indiretos no Brasil. “Se os 683 times do País que jogam apenas quatro meses por ano disputassem campeonatos durante os nove meses padrão, haveria uma injeção de R$ 600 milhões na nossa economia”, ressaltou.
O investimento feito pelo governo na Copa representa pouco na economia brasileira, avalia Trengrouse. Ele explica que a realização do Mundial não deixará o Brasil para trás. “A Copa é um movimento popular tão legítimo como qualquer outro. Eventos como esse geram empregos, renda e deixam um legado duradouro para as cidades”, finalizou o professor da FGV.
Para mais informações sobre a Copa 2014, acesse www.copa2014.gov.br.