A Meta, empresa controladora de Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou nesta quarta-feira (9) a demissão de 11 mil funcionários pelo mundo, o maior desligamento em massa de sua história. O número representa 13% do quadro geral de seus trabalhadores. Ainda não há informações de quantas pessoas serão dispensadas no Brasil.
A notícia foi dada pelo presidente da empresa, Mark Zuckerberg, em comunicado enviado aos funcionários. Segundo Zuckerberg escreveu no texto, a receita da Meta foi “muito menor do que eu esperava”, o que ele atribuiu à desaceleração da economia mundialmente e ao aumento da concorrência.
Tal cenário teria levado a uma queda na receita com publicidade e à estagnação no número de usuários de suas plataformas. O lucro da companhia no primeiro trimestre deste ano foi 52% menor que no mesmo período de 2021 e ficou em US$ 4,4 bilhões. “Eu errei e assumo a responsabilidade”, acrescentou o bilionário.
Apenas o Reality Labs, divisão responsável pelo “metaverso”, acumula prejuízo de US$ 9,44 bilhões em 2022, mas o empresário garante que os investimentos na área são necessários para o futuro da companhia.
Direitos trabalhistas
Zuckerberg detalhou no comunicado as verbas e suportes que os afetados nos Estados Unidos receberão, incluindo indenização de 16 semanas de salário base mais o valor equivalente a duas semanas para cada ano de serviço, seis meses de seguro de saúde para os ex-funcionários e suas famílias, pagamento de todo o tempo restante de contribuição previdenciária e assistência à carreira.
A situação causou preocupação especial dentre os funcionários estrangeiros, que têm permissão de morar no país para trabalhar e podem ter seus vistos cancelados se não arranjarem novos postos de trabalho até um determinado prazo. Zuckerberg disse que colocará especialistas em imigração à disposição dessas pessoas, para que possam cumprir os requisitos para permanecer nos Estados Unidos.
Ainda de acordo com o comunicado, as demissões em outros países seguirão um modelo semelhante, adaptando às leis locais.
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