Central dos Sindicatos Brasileiros

Entregadores de São Gonçalo e Niterói fazem protesto por melhores condições de trabalho

Entregadores de São Gonçalo e Niterói fazem protesto por melhores condições de trabalho

Entregadores fixos e que trabalham por aplicativo da região de São Gonçalo e Niterói realizaram uma manifestação na última quinta-feira (1º) pedindo por melhores condições de trabalho. O protesto foi organizado pela Associação União Motoboy e Bike (UMB), ligada à CSB-RJ.

Os trabalhadores pedem a melhoria nas taxas mínimas de entrega e no valor da hora da trabalhada, além de auxílio para alimentação e mais segurança no trânsito. Veja algumas reivindicações:

  • Valor de R$ 12,50 por hora trabalhada
  • Valor de R$ 15 por hora trabalhada aos feriados e durante a madrugada
  • Taxa mínima da corrida de R$ 4
  • Adicional de R$ 1 por quilômetro rodados para corridas acima de 3km
  • Fornecimento de lanche ou adicional de R$ 15 reais para alimentação dos entregadores fixos
  • Criação de uma faixa azul exclusiva para motociclistas para maior segurança no trânsito.

Os ciclistas e motociclistas se encontraram no viaduto Ponto Cem Réis e foram até a Câmara dos Vereadores de Niterói, onde puderam chamar a atenção dos parlamentares para sua pauta.

Regulamentação do trabalho em aplicativos

No ano passado, o governo federal montou um Grupo de Trabalho para que representantes das empresas de transporte de passageiros e de entrega e dos trabalhadores em aplicativos tentassem chegar a um acordo a respeito de um projeto de lei que regulamente as condições de trabalho.

Segundo o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que coordenou o grupo, foi possível chegar a um consenso no caso dos aplicativos de passageiros, mas não no caso dos entregadores.

Marinho afirmou que, na situação de impasse, o governo arbitraria a questão levando em consideração os dados levantados nos meses de trabalho do GT e formularia um projeto de lei. O texto, porém, ainda não foi apresentado.

“Nós temos um salário mínimo vigente, e essa é a base número um de qualquer debate sobre mercado de trabalho. Não pode ter ninguém que chegou no final do mês, ficou à disposição de uma empresa e ganha menos que um salário mínimo. Isso é uma aberração econômica”, afirmou o ministro no final de dezembro.

Veja também: Luiz Marinho apresenta a Lula proposta de regulamentação do trabalho em apps