Documento elenca as próximas estratégias de ação da Secretaria
Ao final de todas as palestras e discussões do Encontro Nacional da Mulher Trabalhadora da CSB, as dirigentes sindicais elaboraram e aprovaram uma carta de compromissos, que compila ações que serão tomadas em prol de melhores condições das mulheres no mercado de trabalho.
Segundo a carta, é fundamental “avançar mais na legislação e alterar as relações de trabalho entre mulheres e homens fortalecendo assim os direitos das mulheres”.
Em outro trecho, a Secretaria da Mulher Trabalhadora da CSB comprometeu-se a estabelecer diálogo contínuo com as mulheres sindicalistas em encontros regionais, estaduais e nacionais; promover articulações com Ministérios, conselhos, comitês, coletivos e fórum com a participação da CSB Mulher; sistematizar as estatísticas oficiais sobre a mulher e o trabalho, entre outros pontos.
Entre as principais deliberações práticas do documento estão o pedido de audiência pública para debater a situação da mulher na política (prevista na PEC 134/2015), luta pela ampliação em todos os locais de trabalho de licença-maternidade por seis meses.
Para secretária da Mulher da CSB, Antonieta de Faria, a carta sintetiza as principais bandeiras de luta e é fundamental para o direcionamento do trabalho da Central. “É um norte que vai atender anseios de diversas categorias e tem o respaldo da nossa Plenária”, pontuou.
O presidente Antonio Neto disse que o evento foi fundamental para os novos patamares que a CSB pretende construir na batalha pelos direitos. Para o dirigente, a união entre homens e mulheres é fundamental para acabar com as amarras da exploração do capital. “A libertação do homem só se dará com a verdadeira emancipação da mulher. A libertação de ambos depende da libertação da mulher. Por isso é necessária a união de homens e mulheres para a luta contra a exploração. Essa é a essência e a razão de se organizar a luta da mulher”, disse.
Moções
O grupo também aprovou duas moções de repúdio. Uma é sobre o comentário ofensivo às mulheres feita no Dia Internacional da Mulher (8 de março) pelo vereador de Sorriso, no Mato Grosso, Mauricio Gomes.
A segunda refere-se à declaração do deputado federal Arthur de Oliveira Maia durante evento da CSB. Para o parlamentar, apenas mulheres com dependentes domésticos deveriam aposentar com 60 anos. A Reforma da Previdência (PEC 287), relatada por ele no Congresso, sugere que todas as mulheres aposentem-se com 65 anos, o que é considerado pelas sindicalistas um retrocesso. Hoje, a legislação diz que mulheres podem se aposentar com 60 anos.