Em ato contra PEC 287, trabalhadores rurais lotam câmara de Floriano (PI)

Audiência pública contou com a participação de mais de 300 trabalhadores

 Aproximadamente 300 trabalhadores rurais de Floriano (PI), cidade localizado a 250 km da capital do estado, Teresina, estiveram presentes, a convite do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Floriano (STTR), em audiência pública realizada na Câmara dos Vereadores do município. O ato, que foi uma grande mobilização contra a PEC 287/2016, da reforma da Previdência, contou com a presença de dirigentes da CSB, da senadora pelo Piauí Regina Souza (PT), da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Piauí (FETAG/PI), do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Itaueira (PI), do Sindicato Estadual dos Agentes Comunitários de Saúde e de Endemias, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PI), além de políticos locais e autoridades do Estado.

A presidente do STTR de Floriano, Enedina Pereira, ressaltou que a categoria dos trabalhadores rurais será uma das mais prejudicadas.

“Da maneira que está a proposta no Congresso Nacional, podemos colocar o nome dela de PEC da morte, pois nenhum trabalhador alcançará mais o benefício da aposentadoria. Com essa PEC, a previdência pública será um sonho. Não temos dinheiro para comer, imagine para pagar uma previdência privada”, indagou a presidente, que conclamou a união de todos em defesa das conquistas trabalhistas.

Representando a CSB, o vice-presidente da entidade Francisco Moura defendeu o fim do corte de direitos dos trabalhadores.

“Temos que parar com essa mania danosa no Brasil, de quando se fala em ajustes das contas a primeira coisa é cortar direitos dos trabalhadores, anunciar demissões, arrochar salários e diminuir os repasses da saúde e educação. Chega de massacre ao trabalhador”, falou Moura, que acredita que as grandes fortunas devam ser taxadas, que é necessário cobrar impostos dos banqueiros e que as exorbitantes taxas de juros precisam baixar.

“Esse é o momento de pressionarmos os deputados e senadores nos aeroportos, em seus escritórios nos estados, em suas residências, e, assim, sensibilizá-los no intuito de barrar essa reforma da Previdência, pois, como ela se apresenta hoje, trata-se de um grande retrocesso para a classe trabalhadora”, finalizou Moura.

Durante sua fala, a senadora Regina Souza chamou de absurda a reforma da Previdência.

“Isso é uma ação premeditada, com intuito de sucatear a nossa Previdência, assim, beneficiando banqueiros e seguradoras, que terão cada vez mais lucros, pois quem quiser se aposentar terá que pagar uma previdência privada”, finalizou.

 

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