Além da mobilização, as centrais sindicais participaram de uma audiência pública para discutir formas de barrar o projeto de terceirização
A CSB-PR participou nessa quarta (6), em Curitiba, das mobilizações das Centrais Sindicais contra as propostas contidas no Projeto de Lei (PL) 4330, que prevê a terceirização do trabalho em todos os níveis. O PL tramita na Câmara Federal e pode ser votado na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) já no dia 14 de agosto.
O presidente da CSB-PR, Juvenal Pedro Cim, durante o ato na capital paranaense, lembrou o perigo que o PL 4330 representa a toda a classe trabalhadora. “O modelo de terceirização previsto no projeto coloca em risco os direitos trabalhistas conquistados desde a implantação da CLT”, explicou.
Segundo ele, somente com a união das centrais e com a mobilização dos trabalhadores em todo país, o PL 4330 pode ser derrotado no Congresso Nacional.
Um dos pontos divergentes entre trabalhadores, empresários e o governo é a terceirização das chamadas atividades fins, que seriam legalizadas caso o projeto vire lei. No Brasil são 12 milhões de trabalhadores terceirizados que serão afetados, o que representa mais de 20% dos trabalhadores brasileiros com carteiras assinadas.
O dirigente também enfatiza que a próxima rodada de negociação está prevista para o dia 12 de agosto, em Brasília. “Mesmo com a proposta apresentada pelo governo que procura incorporar as propostas dos trabalhadores, dos empregadores e do relator. Os trabalhadores não estão interessados na aprovação do PL 4330, que só servirá aos interesses do empresariado”, destaca o presidente da CSB-PR.
Audiência
Em 5 de agosto, a CSB-PR esteve presente na audiência com prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT). Além da CSB, o prefeito recebeu as outras seis centrais sindicais que foram até Fruet buscar apoio para impedir a aprovação do PL 4330.
O prefeito se comprometeu a ajudar as centrais na batalha para barrar a terceirização no País, inclusive pedindo apoio aos parlamentares do PDT e da base aliada do governo Dilma Rousseff para votar contra o projeto.
Na audiência com o prefeito, o presidente da CSB-PR reivindicou melhorias de mobilidade social na cidade, especialmente no transporte coletivo de Curitiba, que já foi considerado o melhor do Brasil.
Fruet acenou com a possibilidade de discutir com as centrais não somente as propostas e as pautas trabalhistas, como também outros problemas que afetam diretamente os trabalhadores curitibanos: saúde, educação, transportes e habitação.
Fonte: CSB-PR