CSB pede saída de Campos Neto da presidência do Banco Central – Ao manter a taxa básica de juros em 13,75%, o Comitê de Política Monetária (COPOM), liderado pelo Presidente do Banco Central Roberto Campos Neto, promove um ataque direto ao desenvolvimento, à geração de emprego e ao futuro do Brasil.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e os membros do COPOM estão sabotando o crescimento econômico do país. A manutenção dos juros em patamares tão elevados não encontra justificativas nem mesmo na ortodoxia liberal. As escolhas do Banco Central (BC) é um obstáculo para o progresso, pois desestimula o investimento produtivo e agrava a concentração de renda.
Exigimos a imediata saída de Campos Neto, que tem se mostrado incapaz de gerir a política monetária com responsabilidade social. Suas escolhas têm privilegiado os interesses do mercado financeiro em detrimento da maioria da população brasileira.
A Central dos Sindicatos Brasileiros reafirma sua crítica à política neoliberal que tem sido reproduzida, priorizando a especulação financeira e o rentismo, inviabilizando assim a industrialização e a geração de empregos dignos para os trabalhadores brasileiros. É preciso uma mudança urgente de rumo para colocar o país no caminho do desenvolvimento inclusivo e sustentável.
Por isso, pedimos a revogação da Independência do Banco Central ou, pelo menos, a mudança na lei, estabelecendo a estabilidade monetária e a busca pelo pleno emprego como metas imediatas e prioritárias, o chamado duplo mandato. O Congresso Nacional deve agir para que a política monetária seja subordinada aos interesses do povo brasileiro e não dos banqueiros.
Não aceitaremos mais retrocessos. A CSB convoca a classe trabalhadora e o movimento sindical a se mobilizar em defesa dos seus direitos e interesses, e a lutar por um país mais justo e democrático. Fora Campos Neto!
São Paulo, 03 de maio de 2023.
Antonio Neto,
Presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB)
Veja também a íntegra do discurso de Antonio Neto no ato unificado das centrais sindicais no 1º de Maio, em que ele criticou a gestão de Campo Neto.