Entidade esteve presente em pelo menos três estados; Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Pará
A segunda-feira (21) foi marcada por atos em defesa da Justiça do Trabalho em diversos estados do País. A Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) esteve presente em pelo menos três desses atos, que aconteceram no Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Pará, em protesto contra a ameaça de desmonte sinalizada pela gestão de Jair Bolsonaro.
Em Porto Alegre, a manifestação, convocada pela Associação Gaúcha dos Advogados Trabalhista (Agetra), aconteceu em frente ao TRT da 4ª Região, em Porto Alegre (RS) e contou com a participação das outras entidades sindicais.
A Seccional Rio Grande do Sul da CSB foi representada pelo seu secretário-geral, Luciano dos Santos, que acredita na necessidade de resistir aos retrocessos. “Nós precisamos demonstrar resistência contra todo este desmonte de direitos que está acontecendo. Primeiro foi a questão da reforma trabalhista, depois todo assédio contra os servidores, os colocando como culpados por toda a crise, depois a extinção do Ministério do Trabalho e agora a Justiça do Trabalho. Onde vamos chegar? ”, questionou o dirigente gaúcho, reafirmando a necessidade de resistência.
“Aqui em Porto Alegre foi um ato muito importante, a CSB esteve presente dizendo que vamos resistir, temos que lutar contra o fim e unir todos aqueles que acreditam que a Justiça do Trabalho é importante e que ela realiza um trabalho justo em prol dos direitos que o trabalhador”, disse.
Além das entidades sindicais, o ato também contou com a presença de associações de magistrados, como da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (ANAMATRA), representada pelo seu diretor de Prerrogativas e Assuntos Jurídicos, Luis Antonio Colussi, que garantiu que a função da entidade é demonstrar a importância da Justiça do Trabalho para a sociedade brasileira, principalmente para todos que necessitam dela.
“A Justiça do Trabalho ainda é essencial em nosso País em razão do grande déficit que há no equilíbrio das relações entre o capital e trabalho. Por essa razão, nós achamos fundamental a manutenção dela. Ela se faz necessária, ela é importante no dia a dia, na solução dos conflitos entre capital e trabalho, pacificando as relações laborais. Isso sem contar que ela concretiza, implementa e faz cumprir os direitos sociais estabelecidos na Constituição de 88”, declarou Colussi.
Segundo o presidente da Associação Gaúcha dos Advogados Trabalhistas (AGETRA), João Vicente Silva Araújo, a entidade também nasceu para defender os direitos sociais e trabalhistas. “O que pulsa na veia da Agetra, desde a sua fundação, é a defesa dos direitos sociais, dos direitos dos trabalhadores e, sobretudo, a defesa da Justiça do Trabalho. A Agetra jamais vai se curvar a essas atrocidades cometidas por este governo, que foi eleito democraticamente, mas que representa um projeto fascista”, comentou.
Minas Gerais
Em Minas Gerais, o ato, realizado em frente à Justiça do Trabalho, na cidade de Juiz de Fora, contou com a participação da Seccional do estado, representada pelo seu presidente, Cosme Nogueira, que acredita que a luta é um dever de todos.
“Lutar com todas as forças na defesa dessas entidades sérias é um dever de todos os brasileiros. Jamais poderemos imaginar um Brasil mais justo sem a Justiça do Trabalho”, falou o dirigente.
Pará
Na capital Paraense, entidades sindicais e associações de magistrados também organizaram um ato em frente ao TRT 8, na Praça Brasil, em Belém. O ato contou com a presença de sindicatos filiados à CSB.