Centrais sindicais irão para as ruas apoiar a mobilização nacional contra o presidente Jair Bolsonaro convocada para o dia 19 de junho. A participação desses grupos engrossa o ato que entidades de esquerda já haviam chamado para a mesma data.
Antes, no dia 18, os mesmos grupos sindicais estão mobilizando assembleias, atos, panfletagens e paralisações pontuais em locais de trabalho e terminais de transporte público. Essas iniciativas também servirão para conscientizar os participantes sobre medidas de precaução contra a Covid-19 a serem adotadas nos atos do dia posterior.
O protesto do dia 19 recebeu o apoio da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Força Sindical, UGT (União Geral dos Trabalhadores), CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores), CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil), Intersindical (Central da Classe Trabalhadora) e Coordenação da Intersindical.
“As centrais tomaram a decisão, pois chegamos no limite. Bolsonaro se mostra a cada dia que é mais letal que o virus”, afirma Antonio Neto, presidente da CSB. “Vamos organizar a luta no dia 18 para tomarmos as ruas no dia 19 pelo Impeachment desse genocida e desse governo da morte.”
Além do impeachment de Bolsonaro, também estarão na pauta da mobilização do dia 19 o apoio à maior vacinação e ao auxílio emergencial de R$ 600.
![A CSB e as demais centrais tiveram uma reunião no Congresso Nacional para entregar à mesa diretora da Câmara dos Deputados as pautas prioritárias para o movimento sindical – organizadas na Pauta da Classe Trabalhadora – e a Agenda Legislativa das Centrais Sindicais, que lista os projetos de interesse dos trabalhadores que já tramitam no Congresso.
Quem recebeu os representantes das centrais foi o 1º secretário da Câmara, deputado Carlos Veras (PT-PE), que encaminhará os documentos ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Participaram da reunião em nome da CSB o vice-presidente Flavio Werneck e o assessor parlamentar, Ernesto Pereira.
“Foi uma reunião muito tranquila e amistosa. O [deputado Carlos] Veras é muito receptivo em relação às nossas pautas”, comentou Werneck.
Dentre as prioridades estabelecidas pelas centrais estão o fim da escala 6×1, a redução da jornada de trabalho, a isenção do Imposto de Renda até R$ 5 mil e sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), a regulamentação da Convenção 151 da OIT e a retomada da Política de Valorização do Salário Mínimo sem as amarras dos arcabouço fiscal.
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