O anúncio da demissão de 1,2 mil professores feito pelo grupo educacional Estácio, nesta terça-feira (05), é um fiel retrato da verdadeira face da reforma trabalhista do governo Temer: substituir trabalhadores celetistas, que estão protegidos pelas garantias da CLT, por contratos de trabalho precarizantes.
Esta iniciativa da Estácio vai ao encontro do real objetivo da reforma, que nada mais é do que submeter os trabalhadores brasileiros a relações de trabalho humilhantes com formas precárias de contratação, redução drástica de salários, enfraquecimento da Justiça do Trabalho e negligência a processos trabalhistas, consequentemente, levando milhões de trabalhadores a condição de escravos modernos.
A Central dos Sindicatos Brasileiros denuncia, desde a tramitação do projeto da Lei 13.467, estes reais propósitos da “deforma trabalhista” de Temer e sua equipe econômica, fatos que levarão o País a aprofundar as desigualdades sociais, a afundar a indústria nacional, além de deixar o povo brasileiro em condições de trabalho e vida degradantes, numa economia que precisa voltar a crescer para gerar empregos de qualidade e justiça social.
Pertencente à Estácio Participações S.A., empresa de capital aberto na Bolsa de Valores, a Estácio é o segundo maior grupo educacional do Brasil, com mais de 539 mil alunos matriculados, uma universidade – a Estácio de Sá, dez centros universitários, 46 faculdades credenciadas, entre outras modalidades de ensino, como EAD.
A decisão do grupo Estácio representa um atentado contra o Direito Coletivo e os princípios constitucionais brasileiros, que garantem a base da dignidade de seus cidadãos. Diante deste grave cenário, a CSB agirá e vai tomar as medidas necessárias para barrar esta iniciativa devastadora para os trabalhadores, que se iniciou pela Estácio Participações e, certamente, tomará conta do mercado de trabalho brasileiro.
Central dos Sindicatos Brasileiros