O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou durante encontro com empresários que “não tem nenhuma reforma a ser desfeita” e que “não vai voltar o imposto sindical” no futuro governo.
Revogar a Reforma Trabalhista, que ele definiu como “importante”, e a revisão da forma de custeio dos sindicatos de trabalhadores são duas das principais pautas levantadas pelas centrais sindicais que participam do governo de transição, coordenado por Alckmin.
Os dois temas foram aprovados por unanimidade por CSB, CUT, CTB, UGT e Nova Central em reunião na última sexta-feira (25) dentre aqueles que serão apresentados a Lula em encontro presencial em dezembro.
As declarações de Alckmin foram feita no sábado (26), em evento organizado pelo grupo Esfera Brasil. O vice, no entanto, concorda com as centrais que é necessário oferecer alguma proteção aos trabalhadores em aplicativos.
“Nós estamos frente a uma questão de plataformas digitais, que precisam ser verificadas. Quando você tem um menino lá, entregador de lanche, que não tem descanso semanal, não tem saúde, não tem aposentadoria, não tem nada, é preciso aprofundar [a discussão sobre] essas coisas”, disse.
Responsabilidade fiscal
A grande preocupação dos empresários presentes era sobre a possibilidade haver um “descontrole” fiscal, ideia totalmente rejeitada pelo vice-presidente.
“Podem acreditar, vai haver ajuste [fiscal]. E não em uma semana, não ser quatro anos de ajuste porque você pode todo dia estar melhorando a eficiência do gasto público”, garantiu.
Os questionamentos dos convidados se dão devido à PEC da Transição, apoiada pelas centrais e chamada de PEC da Responsabilidade Social, que pretende excluir os custos com o Bolsa Família do teto de gastos. Diante das pressões dos dois lados, Alckmin disse que “governar é escolher” e que há “muitas formas de fazer ajustes”.
“Qual é a preocupação que a gente deve ter? Eu não vou gastar mais do que eu arrecado, então eu preciso cortar gastos. Eu vou cortar do salário mínimo? Eu vou fazer ajuste em cima de 71% dos aposentados e pensionistas do Brasil?”
Com informações de: G1