Mais de 200 mil empresas devem R$ 42 bilhões ao FGTS, aponta pesquisa

Segundo o Instituto Fundo de Garantia do Trabalhador (IFGT), atualmente, 203 mil empresas estão inscritas na Dívida Ativa da União por uma dívida de R$ 42 bilhões em dinheiro de FGTS não depositado, prejudicando pelo menos cinco milhões de trabalhadores.

Para medir o conhecimento dos trabalhadores que não tiveram o Fundo de Garantia depositado pelas empresas ou empregadores domésticos, uma pesquisa elaborada pelo IFGT será lançada no dia 8 janeiro. A ideia é saber qual o conhecimento sobre fraudes, perdas e depósitos não realizados.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), 13,1 milhões de trabalhadores estão na informalidade e deveriam ter a carteira de trabalho assinada. Mário Avelino, presidente do instituto, estima ainda que pelo menos seis milhões de trabalhadores formais recebem parte do salário por fora, o famoso Caixa 2.

Leia também: Proposta sobre saque-aniversário do FGTS ‘vai corrigir injustiça’, diz Marinho

Segundo dados da ONG, mais de 25 milhões de trabalhadores foram e continuam sendo prejudicados por maus empresários e empregadores domésticos que não cumprem a lei.

“Considero o Fundo de Garantia como uma das maiores conquistas do trabalhador brasileiro nos últimos 77 anos, quando foi criada a CLT em 1943. É uma poupança privada do trabalhador, onde as empresas devem depositar mensalmente 8% sobre a remuneração paga mensalmente, e se o demitir sem justa causa tem que pagar uma Multa de 40%, ou de 20% em caso de demissão por acordo” diz Avelino, acrescentando que é a segunda maior poupança do país com um ativo de aproximadamente R$ 670 bilhões.

Mário Avelino acrescenta que, graças ao Fundo de Garantia, “milhões de famílias têm sua casa própria, tem melhorado o Saneamento Básico e Infraestrutura Urbana”, gera mais de 4 milhões de empregos diretos, e movimenta a economia injetando todo ano mais de R$ 200 bilhões.

Assista ao vídeo do IFGT sobre a pesquisa:

Informações: Coluna Ancelmo Gois/O Globo

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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