Central dos Sindicatos Brasileiros

18 de junho: Dia Nacional do Químico

18 de junho: Dia Nacional do Químico

CSB presta homenagem a uma das categorias mais importantes para a economia brasileira

18 de junho é dia de homenagear os trabalhadores que ajudam a transformar a história da humanidade todos os dias. Presente desde a indústria de informática à siderurgia, das artes à construção civil, da agricultura à indústria aeroespacial, a química e os seus 150 mil profissionais estão na base do desenvolvimento econômico e tecnológico do planeta. E os químicos brasileiros representam importante papel neste progresso.

Com uma história de lutas e trabalho árduo, a categoria conquistou sua regulamentação pelo Decreto-Lei 5.452, sancionado pelo ex-presidente Getúlio Vargas, em 1º de maio de 1943. Treze anos depois, a data que celebra os trabalhadores do setor foi instituída por meio da Lei 2.800/1956, a qual permitiu a criação do Conselho Federal de Química (CFQ) e os Conselhos Regionais de Química (CRQ).

A partir deste dia, os químicos passaram a participar mais ativamente da evolução tecnológica do Brasil, desempenhando relevante função social no combate de doenças, aumento da expectativa de vida, bem-estar e conforto, ao assegurar a qualificação dos produtos nacionais e tornar o País economicamente competitivo no setor.

Aelson Guaita, presidente do Sindicato dos Químicos, Químicos Industriais e Engenheiros Químicos do Estado de São Paulo (SINQUISP), reforça a importância da profissão para o Brasil. “O campo de atuação dos profissionais de química está entre os maiores PIBs da economia brasileira. Graças à capacidade da indústria química de entender e interagir com a matéria e tudo que a compõe, o profissional da área tem a competência de inovar tecnologias existentes e criar novas para tornar os produtos nacionais mais fortes no mercado”, explica.

De acordo com os últimos dados da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) referentes a 2013, a indústria química do País é a 6ª maior em faturamento líquido no ranking mundial, com uma arrecadação de R$ 344,5 bilhões. Em 2014, este número saltou para R$ 356,5 bilhões.

A fabricação de produtos químicos também está entre as cinco principais atividades em termos de Valor da Transformação Industrial, segundo os resultados setoriais da Pesquisa Industrial Anual (PIA) – Empresa 2012, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para somar a tal desempenho, de acordo com o Pacto Nacional da Indústria Química da Abiquim, é previsto o investimento de US$167 bilhões (mais de R$ 514 bilhões na atual cotação) de 2010 até 2020, distribuído em quatro componentes: produtos químicos de uso industrial (PQI) e demais segmentos, exportações, químicos renováveis e produtos químicos do Pré-Sal.

Apesar da previsão de um mercado promissor e das vitórias obtidas pela categoria, a maior reivindicação dos profissionais é o cumprimento do piso salarial, definido pela Lei 4.950-A/1966. Segundo Aelson Guaita, “apesar de vigente, muitas empresas insistem em contratar profissionais de química com salários de ingresso inferiores ao estipulado na lei”. Só no Estado de São Paulo, são mais de 90 mil químicos atuando nas diversas indústrias do setor: química, farmacêutica, metalúrgica, têxteis e alimento.

O presidente ainda afirma que há outros desafios a enfrentar, e promover inovação com sustentabilidade é o maior deles. “A participação dos químicos na área ambiental é cada vez mais necessária. Como profissionais que têm por essência estudar a matéria, os químicos têm engajamento direto com o meio. Portanto, cabe a esta categoria desenvolver tecnologias que agridam menos o meio ambiente e, sobretudo, inovar nas tecnologias de recuperação de locais ambientalmente comprometidos”, destaca Guaita.