por Carlos Guglielmeli no Jornal Opinião do Entorno – Os vereadores aliados do prefeito Pábio Mossoró (MDB) aprovaram em definitivo, nesta quarta-feira (23), o contestado Projeto de Lei 213/2022, que estabelece o reajuste dos servidores públicos de Valparaíso de Goiás.
A correção salarial apresentada pelo governo Mossoró é rejeitada pelos trabalhadores, pois, segundo eles, estabelece índices abaixo do que determinam as Leis pertinentes e, para os professores, ainda inverte a ordem das correções do piso salarial do magistério, anunciado pelo Governo Federal no fim de janeiro recente, e a data-base, marcada para todos os meses de março no município.
” Os servidores decidiram manter o estado de greve, mas suspender a paralisação, o que torna o movimento inócuo, aguardando apenas o resultado da reclamação judicial, bem como a negociação dos dias parados. Estamos de luto pela covardia deste governo municipal em achatar nosso salário enviando um PL sem uma negociação prévia com a categoria, bem como o puxadinho dos vereadores de Valparaíso de Goiás que usaram das forças de segurança contra a categoria, fecharam a Câmara para o povo e ainda serviram de fantoche do executivo para atropelar o MPGO e a categoria com a aprovação dessa PL da Maldade” afirmou Jean Mourão, secretario-geral do SINDSEPEM/VAL
Somente nesta inversão, os professores com os menores salários da cidade devem perder cerca de R$ 407 ao mês, pelo resto de suas vidas funcionais e desconsiderando as correções posteriores. Já os trabalhadores das outras categorias, após os dois últimos anos sem reajustes em decorrência da pandemia, perdem cerca de 32% do aumento que teriam direito, conforme a Lei 819/2009.
De acordo com o servidores e membros da direção sindical, todo o processo de elaboração da Lei que estabelece as correções salariais foi feito de maneira arbitrária pelo governo Pábio Mossoró, sem nenhuma negociação com a categoria.
Provocado por uma representação do SINDSEPEM/VAL, o promotor de justiça, Dr. Daniel Naiff da Fonseca chegou a enviar um ofício para ao presidente da Câmara Municipal, vereador Plácido Cunha (Avante), para que a tramitação do tema fosse suspenso para uma análise, mas o apelo foi ignorado.
O jornal apurou que, em assembleia realizada após a aprovação dos reajustes contestados, os trabalhadores decidiram manter o estado de greve, mas suspender a paralisação, o que torna o movimento inócuo, aguardando apenas o resultado da reclamação judicial.