Entidades patronais e sindicatos que representam empregados acharam um ponto de convergência: são contra a portaria do Ministério do Trabalho que proíbe empresas de demitir e de condicionar as contratações de funcionários à apresentação do comprovante de vacinação, o “passaporte da vacina”.
Para a Fecomércio-SP, a portaria contraria os protocolos de contenção da pandemia de covid-19. “Caso haja uma contaminação sistêmica dos trabalhadores, a empresa poderá ser responsabilizada, com dano moral coletivo, por conta de sua ‘omissão’ na preservação da saúde e segurança de seus empregados.”
Para Antônio Neto, presidente da Central de Sindicatos Brasileiros (CSB), “a portaria prova que Bolsonaro não defende os trabalhadores”. “O presidente segue desestimulando a vacinação e pregando a transmissão em massa.”
Nota de Antônio Neto, presidente da Central de Sindicatos Brasileiros (CSB):
“Mais uma vez, Bolsonaro destila todo o seu ódio aos trabalhadores. Se já não bastasse a condução genocida da pandemia e na aquisição de vacinas, o presidente segue desestimulando a vacinação, ou seja, prega a transmissão em massa do coronavírus levando o Brasil a mais dificuldades para a retomada econômica, trazendo mais desemprego e miséria.
Sem a vacinação em massa será impossível atingir a imunização coletiva. A eficácia da vacinação já está mais do que comprovada. Se hoje enxergamos uma luz no fim do túnel, com a diminuição do número de mortes, é graças à vacina. Não suportamos mais tantas mortes. Bolsonaro nunca defendeu os trabalhadores, e essa portaria é a prova disso.
A CSB vai conversar com as outras centrais para estudarmos as medidas cabíveis contra mais essa ameaça à saúde e à vida dos trabalhadores brasileiros.”
Fonte: Estadão