Nem todo brasileiro sentiu os efeitos do crescimento da atividade econômica demonstrado pela alta do PIB. Com desemprego recorde, milhões de pessoas seguem sem renda – e sem consumir – no país
A economia brasileira voltou a crescer nos primeiros três meses de 2021: segundo dados divulgados nesta terça-feira (1º) pelo IBGE, a alta foi de 1,2% sobre o trimestre anterior. A expansão, no entanto, foi bastante desigual – e seus efeitos não foram disseminados entre a população, deixando de fora especialmente a classe de renda mais baixa.
Apesar da criação de vagas formais ao longo do trimestre, o desemprego seguiu batendo recordes: em março, eram 14,8 milhões de brasileiros sem trabalho. E sem a ajuda do Auxílio Emergencial (que só voltou a ser pago, e em valores reduzidos, em abril deste ano), milhões de brasileiros seguem sem conseguir melhorar seus patamares de consumo – segundo os dados do PIB, o consumo das famílias recuou 0,1% de janeiro a março, após dois trimestres de crescimento.
Com a recuperação desigual, alguns brasileiros já comemoram a saída da crise, enquanto outros conseguem ver a luz no fim desse túnel já no segundo trimestre. Para muitos, no entanto, a retomada ainda parece distante.
Fonte: G1