Em primeiro encontro com o novo comandante da pasta, representantes dos trabalhadores denunciaram as consequências da reforma trabalhista
Nesta terça-feira (7), as centrais sindicais apresentaram-se oficialmente ao novo ministro do Trabalho, Caio Luiz de Almeida Vieira de Mello, que tomou posse no dia 9 deste mês. Durante o encontro, os representantes das entidades trataram dos desdobramentos da reforma trabalhista.
De acordo com o secretário de Organização e Mobilização, Itamar Kunert, os dirigentes apontaram as consequências práticas após a sanção da nova lei. Nos depoimentos, os dirigentes criticaram a precarização das relações entre capital e trabalho e o enfraquecimento do movimento sindical, resultado do corte repentino e sem fonte substituta da contribuição sindical.
Além disso, as centrais pediram a revisão de portaria publicada pelo Ministério do Trabalho que cria um comitê de estudos avançados sobre o futuro do trabalho. Conforme explicou Kunert, no texto publicado, para composição de comissão, não há indicação de integrante eleito pelas centrais e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).
“O ministro reconheceu o erro e vai alterar a portaria. Irá indicar um representante escolhido pelas centrais e outro pelo DIEESE, que é o órgão que mais conhece sobre a relação capital-trabalho no Brasil”, informou o secretário de Organização e Mobilização.
Mello comprometeu-se a criar um espaço de diálogo e a seguir as decisões tomadas em conjunto com as centrais.