Central dos Sindicatos Brasileiros

Vereadores de Matias Barbosa acompanham prefeito e aprovam perdas para os servidores

Vereadores de Matias Barbosa acompanham prefeito e aprovam perdas para os servidores

Por quatro votos a três, a Câmara Municipal de Matias Barbosa aprovou, em sessão na noite desta quarta-feira (15 de agosto), o Projeto de Lei do prefeito Carlos Lopes (PP) que impõe perdas aos servidores, ao reduzir o adicional de penosidade para 30% do que é pago atualmente. Votaram contra os trabalhadores: Tavinho da Saúde (PSDB), Pé No Chão (PP), João Cipriani (PTB) e José de Alencar (MDB). E a favor dos servidores: Batista da Vila (MDB), Joaquim Benedito (PSC) e Marcos Martins (PT). A vereadora Edite Fernandes (PP) não compareceu à sessão e o presidente da Câmara Beto Calçados (MDB) não votou, embora tenha deixado bem clara a sua posição favorável ao Projeto do prefeito. Além disso, ele fez um discurso descabido, com críticas desproporcionais e covardes (pois sem direito de resposta) ao presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Matias Barbosa e Região (SINSERPU-MB), José Mauro de Souza. Não satisfeito, Beto Calçados irritou profundamente os servidores presentes à sessão ao prorrogar desnecessariamente a votação, passando um vídeo sobre uma participação do ex-prefeito da cidade, Joaquim Nascimento, em uma Audiência Pública. A exibição das imagens, totalmente irrelevantes, fez com que os trabalhadores, em protesto, se retirassem do Plenário – e só regressaram quando o vídeo terminou, cerca de 25 minutos depois.

“A atuação do presidente da Câmara foi lamentável, não só na condução dos trabalhos, mas principalmente pelos ataques ao presidente do SINSERPU-MB. O teor do seu discurso foi de práticas antissindicais, com calúnias e difamações infundadas ao José Mauro e ao Sindicato”, opinou o diretor financeiro do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juiz de Fora (SINSERPU-JF), Antônio Carlos Sant’Ana, que representou a FESERP-MG e a CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros) na sessão.

Com o projeto aprovado, além da perda de 70% no adicional, há a questão da assiduidade, pois se, por qualquer motivo o trabalhador faltar ao serviço um dia que seja perde também os 30%. “É mais uma crueldade do prefeito e dos vereadores. Os servidores da Policlínica não merecem. Eles trabalham em condições bastante desgastantes, se expondo a riscos, para servir a população”, lamentou José Mauro de Souza.

Fonte: FESERP/MG