O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Tadeu Martins Leite (MDB), afirmou que o projeto de lei que muda regras e aumenta a contribuição do funcionalismo ao Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg) só será votado em plenário após o recesso parlamentar.
A fala frustrou a expectativa do governo Romeu Zema de aprovar a matéria até o fim desta semana, conforme havia dito secretário de governo, Gustavo Valadares.
“[O projeto] já está pronto para ser votado em plenário em primeiro turno. E a gente espera que possa ser votado ainda essa semana. Nós vamos trabalhar para que isso aconteça, porque é um projeto que trará uma nova vida ao Ipsemg um fortalecimento daquela instituição”, afirmou à rádio Itatiaia.
Porém, Leite disse que informações cruciais sobre o impacto da proposta foram enviadas pelo governo aos deputados apenas nesta terça-feira (9). No mesmo dia, o Sindicato dos Servidores do Ipsemg (Sisipsemg) realizou um protesto em frente à ALMG contra a proposta com o apoio de outros sindicatos de servidores (foto).
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Além do aumento da contribuição dos servidores, o sindicato critica a venda de seis imóveis do instituto e a falta de informações sobre os impactos financeiros da proposta, que chegaram após o projeto ser aprovado em três comissões, sendo a última a Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária, apesar da falta de dados.
“O governo do Estado mandou apenas hoje o impacto financeiro e orçamentário desse projeto. É impossível fazer uma análise dessas informações que, repito, chegaram hoje, a tempo de votar em julho agora. Muito provavelmente será analisado no segundo semestre”, afirmou o presidente da ALMG em entrevista coletiva.
Ainda na declaração à imprensa, Tadeu Martins Leite deixou claro que é ele e os líderes de partidos que elaboram a pauta de votações em plenário, e que o projeto do Ipsemg estaria de fora dos planos para esta semana.
“Quem faz a pauta são os líderes da Casa, juntamente com este presidente. Se dependesse do governo, não tenho dúvidas de que o IPSM, o Ipsemg e o próprio Regime de Recuperação Fiscal já estaria sendo votado. Não podemos fazer nada com pressa, temos que fazer uma construção com muita calma”, afirmou.
Informações: Rádio Itatiaia