CSB acredita na abertura de diálogo entre o Ministério e as forças policiais como solução para melhorias na segurança pública
Nesta quarta-feira, 3, o novo ministro da Justiça, Wellington Silva, tomou posse da pasta em solenidade realizada no Palácio do Planalto. Na ocasião também assumiram os novos ministros da Advocacia-Geral da União, José Eduardo Cardozo – que deixa o Ministério da Justiça –, e da Controladoria-Geral da União (CGU), Luiz Navarro.
As mudanças nos ministérios foram anunciadas pelo Governo Federal no dia 29 de fevereiro pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência. Na solenidade de posse dos novos ministros, a CSB foi representada pelo vice-presidente e presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal (Sindipol/DF), Flávio Werneck.
Para o dirigente, o papel da polícia é continuar o combate à criminalidade e a corrupção, com impessoalidade e espírito democrático. “Acreditamos que essa mudança no comando do Ministério da Justiça irá proporcionar uma abertura de diálogo entre a pasta e as forças policiais brasileiras. O País precisa de uma força policial mais inteligente para melhorar a segurança pública. Temos que parar de prender os pequenos traficantes de drogas e investir em segurança de fronteira. O crime organizado só será desmontado com investimentos em inteligência policial”, argumenta.
Segundo Werneck, mais de cinquenta mil pessoas morrem por ano, vítimas de armas de fogo. A taxa de assassinatos é a maior desde 1980. “O problema é que, enquanto a violência e o medo aumentam, diminui a capacidade de combate da polícia. A segurança pública muitas vezes não é priorizada no planejamento orçamentário dos governantes. Falta salário, motivação, dignidade para trabalhar, efetivo, falta cidadania. E acima de todos esses problemas dentro das forças policiais, a falta de diálogo com o governo é o maior de todos. Por esta razão, temos esperanças que, com o novo ministro Wellington Silva, poderemos ter essa conversa que sempre buscamos”, afirmou o vice-presidente da CSB.