Reunião Estratégica de Mobilização da União Nacional dos Fiscais Agropecuários (Unafa) definiu, no início da manhã desta quinta-feira (20.04), em Brasília, deflagrar paralisação geral dos Fiscais em todo o Brasil no próximo dia 28, data em que todas as Centrais Sindicais convidam os trabalhadores do setor público e privado a parar o Brasil contra as Reformas Trabalhista, da Previdência e a Terceirização. A presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal do Estado de Mato Grosso (Sintap) e também vice-presidente nacional da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Diany Dias, informa que vai mobilizar todos os servidores de sua base (Intermat e Indea) para unir esforços contra essas afrontas aos direitos adquiridos com muita luta pelo trabalhador brasileiro.
Dias informou que já convocou a base para este dia 28 em atendimento ao chamado das Centrais, mas agora, com a deflagração oficial da classe dos Fiscais Agropecuários de parar por todo o país o ato ganha ainda mais força no Mato Grosso. “É preciso que a sociedade, que será prejudicada com esta paralisação, entenda que essa não é uma reivindicação só de servidores públicos porque as questões pelas quais o povo se levanta no dia 28 contrariamente vão atingir a todos os brasileiros e são medidas inadmissíveis sendo, portanto, preciso que sejam tomadas medidas extremas como esta de parar por um dia a economia do Brasil a fim de que os governantes compreendam que foram eleitos para lutar pelo povo e não contra ele”, frisou a gestora do Sintap que participa da reunião em Brasília desde o dia 17 de abril.
O presidente da Unafa, Francisco Saraiva, explicou que, sendo a entidade uma associação esta não tem poder para deflagrar a paralisação, mas recomendou a cada sindicato estadual que as façam e indiquem a parada. “Não há mais como negociar. Neste evento ouvimos de diversos especialistas sobre a realidade econômica do país e é bem diferente da que nos é apresentada pela classe política para promover as reformas”, afirmou Saraiva. Uma das especialistas a se apresentar no evento foi Maria Lucia Fattorelli, auditora aposentada da Receita Federal e fundadora do movimento “Auditoria Cidadã da Dívida” no Brasil.
O cenário apresentado por ela, segundo Saraiva, demonstra que não há por que se fazer uma reforma como a que os políticos querem. O que realmente deveria começar a ser feito seria uma reforma política. O tema, aliás, foi assunto da palestra do advogado e membro do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), Marlon Reis. Outra abordagem sobre a conjuntura das reformas no Congresso foi apresentada pelo representante do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antônio Queiroz.
Diante de todos os aspectos econômicos favoráveis apresentados e com a insistência do Congresso Nacional em prejudicar os trabalhadores é que o presidente da Unafa disse que a paralisação do dia 28 será a única forma de os políticos ouvirem a voz das ruas. “Temos argumentos técnicos e eles não querem ouvir. Dessa forma, só nos resta o enfrentamento nas ruas. A expectativa é grande para reverter esse jogo uma vez que os parlamentares vão ver qual o poder de fogo dos trabalhadores porque, nesse ato também vamos divulgar o nome dos parlamentares que estão trabalhando contra o povo e isso vai ser sentido nas próximas eleições”, esclareceu.
Orientação Sintap
“Pedimos aos servidores que usem camisetas do Sintap ou da CSB nesta data e empunhem nossas bandeiras para demonstrar que somos unidos e fortes e que nossa luta vai continuar até que a justiça seja feita. É como digo sempre: quem sabe faz a hora, não espera acontecer”, frisou a presidente Diany Dias.
A orientação do Sintap para os servidores do Intermat e Indea neste dia 28, disse ela, é que, quem estiver na Capital, participe da paralisação que acontece às 13h, na Praça Ipiranga. Já os do interior devem aderir aos atos em suas cidades e, nos municípios onde nada tenha sido programado, os servidores do Indea devem ficar na porta das unidades distribuindo panfletos que serão distribuídos pelo Sintap sobre o motivo da paralisação a quem precisar utilizar os serviços da autarquia.
Fonte: Adriana Nascimento – Assessoria Sintap