Em reunião da transição, centrais propõem salário mínimo de R$ 1.342 

O grupo de centrais sindicais participando dos trabalhos de transição do governo vai propor à equipe de Lula um salário mínimo de R$ 1.342 no ano que vem. CSB, UGT, CTB, CUT e Força Sindical tomaram a decisão por unanimidade durante reunião nesta sexta-feira (25). 

O número representa um aumento de 10,7% em relação ao valor atual, de R$ 1.212. O cálculo foi feito tendo como base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2022, considerado uma prévia da inflação, e o crescimento do PIB em 2021, que foi de 4,6%. 

A proposta será apresentada em dezembro, em reunião presencial com o presidente eleito e sua equipe. As centrais concordaram também que apoiarão a PEC da Transição, que prevê o aumento do salário mínimo, além de manter o valor de R$ 600 do Auxílio Brasil, que voltará a chamar Bolsa Família. 

Além disso, as centrais decidiram apresentar temas que consideram essencial que passem por um “revogaço”, defendido pelo presidente da CSB, Antonio Neto, desde o primeiro momento após a vitória de Lula.  

“Nos 100 primeiros dias, temos todas as condições de fazer com que Lula faça as alterações que precisamos para transformar a relação capital-trabalho”, avalia Neto. 

Para as centrais, a volta da ultratividade, as homologações de acordos nos sindicatos, a forma de custeio das entidades e questões relacionadas à segurança do trabalho são alguns dos pontos que devem passar por revisão. 

Veja também: Contra asfixia financeira, CSB reúne líderes e aprova proposta para o novo governo

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